Vamos falar do grande filósofo grego, Diógenes de Sinope,
também conhecido como Diógenes, o Cínico.
Diógenes,
filósofo grego que nasceu no ano de
Acontece que seu pai foi pego cunhando moedas falsas. Diógenes acaba expulso de Sínope e seu pai é preso. Sendo assim, o exilado segue para Atenas. Antes de chegar, passa no Oráculo de Delfos e pergunta: “como fazer para obter a maior reputação?”. O Oráculo responde: “parakharáttein tò nómisma“, que significa: “descaracterizar a moeda”, “desfigurar a moeda vigente”. Nómisma significa: moeda vigente, costumes, leis, instituições. Sendo assim, a afirmação é ambígua, podendo significar tanto literalmente “Falsifique moedas em circulação”, quanto “Desafie e modifique os valores vigentes”.
Em Atenas, é bem provável que o recém chegado tenha encontrado Antístenes, conhecido como Cão Original, o qual o aceita como discípulo; alguns afirmam que ele foi raptado por piratas e vendido para Antístenes:
“Uma inquebrantável decisão de viver uma
vida simples e despojada, uma devoção afincada à autossuficiência, um vínculo
sem paralelos com a liberdade de expressão, um desdém saudável pela estupidez e
pelo obscurantismo humanos, um nível incomum de lucidez intelectual e, acima de
tudo, uma tremenda coragem de viver segundo suas convicções” – Navia, Diógenes
o Cínico, p.
Provavelmente, Diógenes foi o mais folclórico dos filósofos. São inúmeras as histórias que se contavam sobre ele já na Antiguidade.
Ele vivia numa espécie de barril, e tinha somente um cajado, uma manta, uma lanterna e uma cuia que usava para beber água; até que um dia observando um menino bebendo água com as mãos ele a jogou fora.
É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lamparina acesa procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens autossuficientes e virtuosos).
Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para Alexandre, disse:
“Não me tires o que não me podes dar!”
(variante:)
“Deixa-me ao meu sol”.
Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse:
“Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes”.
(...)
(Do Blog do Kastilho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário