segunda-feira, 18 de julho de 2022

Diógenes de Sinope

 Vamos falar do grande filósofo grego, Diógenes de Sinope,

também conhecido como Diógenes, o Cínico.

Diógenes, filósofo grego que nasceu no ano de 413 a.C.. Neste tempo, a cidade portuária de Sínope, onde o filósofo passou seus primeiros anos, vivia seus tempos áureos. Diógenes era filho de Hicésio, que foi banqueiro ou cambista, não se sabe ao certo, mas certamente trabalhava com a cunhagem e troca de moedas. Este trabalho estava associado a uma vida confortável, sendo assim, é provável que Diógenes tenha tido uma boa educação. 

Acontece que seu pai foi pego cunhando moedas falsas. Diógenes acaba expulso de Sínope e seu pai é preso. Sendo assim, o exilado segue para Atenas. Antes de chegar, passa no Oráculo de Delfos e pergunta: “como fazer para obter a maior reputação?”. O Oráculo responde: “parakharáttein tò nómisma“, que significa: “descaracterizar a moeda”, “desfigurar a moeda vigente”. Nómisma significa: moeda vigente, costumes, leis, instituições. Sendo assim, a afirmação é ambígua, podendo significar tanto literalmente “Falsifique moedas em circulação”, quanto “Desafie e modifique os valores vigentes”. 

Em Atenas, é bem provável que o recém chegado tenha encontrado Antístenes, conhecido como Cão Original, o qual o aceita como discípulo; alguns afirmam que ele foi raptado por piratas e vendido para Antístenes: 

“Uma inquebrantável decisão de viver uma vida simples e despojada, uma devoção afincada à autossuficiência, um vínculo sem paralelos com a liberdade de expressão, um desdém saudável pela estupidez e pelo obscurantismo humanos, um nível incomum de lucidez intelectual e, acima de tudo, uma tremenda coragem de viver segundo suas convicções” – Navia, Diógenes o Cínico, p. 18”. 

Provavelmente, Diógenes foi o mais folclórico dos filósofos. São inúmeras as histórias que se contavam sobre ele já na Antiguidade.

Ele vivia numa espécie de barril, e tinha somente um cajado, uma manta, uma lanterna e uma cuia que usava para beber água; até que um dia observando um menino bebendo água com as mãos ele a jogou fora. 

É famosa, por exemplo, a história de que ele saía em plena luz do dia com uma lamparina acesa procurando por homens verdadeiros (ou seja, homens autossuficientes e virtuosos). 

Igualmente famosa é sua história com Alexandre, o Grande, que, ao encontrá-lo, ter-lhe-ia perguntado o que poderia fazer por ele. Acontece que devido à posição em que se encontrava, Alexandre fazia-lhe sombra. Diógenes, então, olhando para Alexandre, disse: 

“Não me tires o que não me podes dar!” 

(variante:)

“Deixa-me ao meu sol”. 

Essa resposta impressionou vivamente Alexandre, que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, disse: 

“Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes”. 

(...) 

(Do Blog do Kastilho)

Nenhum comentário:

Postar um comentário