Sinto o Natal
quando aperto
as mãos marceneiras de José.
(Ele faz mesas
para a Santa Ceia
de todos os dias).
Natal, para mim,
é o humilde louvor
dos animais
ruminando nos estábulos
o verde feno dos séculos.
Natal, são os Reis Magos
trazendo nas mãos
a oferenda doirada
dos frutos da terra.
Jesus não carece belonaves.
O burrico
lhe serve de trono e viagem
na travessia de nossos desertos
interiores.
Natal é Maria.
Como todas as mães
ela tem uma estrela
a iluminar o caminho de seu Filho.
E o seu Menino
vem pelas ruidosas ruas
de dezembro
renovando no mundo
o grande sonho da fraternidade.
Luiz Coronel
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