Para
toda a gauchada
Canto
a minha saudação.
Eu
não tenho voz bonita,
Mas
eu tenho coração.
Eu
sou padre que nas rimas
Vai
deitando o seu sermão.
Vou
trovar algumas normas
Pra
vocês não esquecer.
Vou
mostrar-lhes, sem rodeios,
O
caminho do dever.
Quem
o segue – está na cara –
Paz
e bênçãos há de ter.
Casamento
não é sopa,
Mas
é santa vocação.
Matrimônio
é sacramento:
Parte
faz da religião.
Eu
sou o padre das rimas
Deve
dar o seu sermão.
No
civil e pelo padre
É
preciso estar casado,
Quem
não “casa” civilmente
Não
tem lar assegurado;
Que
não casa pelo padre
Ele
“casa” no pecado.
Liberdade
é coisa santa
Que
nos deu a Providência.
Não
é livre que acolhe
O
pecado na querência.
Não
é livre quem despreza
O
que diz a consciência.
O
católico direito
Cumpre
toda a obrigação
Na
cidade e na campanha,
Nos
cafés e no salão,
Na
igreja e na família,
No
lazer, na profissão.
O
católico direito
Nunca
vai de marcha-ré.
Praticando
as boas obras
Esporeia
a sua fé.
E,
feliz no seu palácio,
Ou
no rancho de sapé.
Vou
findar a minha trova
Entenderam
muito bem!
São
Miguel, o padroeiro,
Nos
conduza para o além.
Voltarei
num outro dia,
Falta
só dizer: ”amém”.
Cônego Wiro Rauber foi Vigário da
Igreja São Miguel,
da cidade de Uruguaiana.
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