(Até hoje, milhões de incrédulos duvidam
de que os norte-americanos foram mesmo à Lua.)
Uma
pesquisa feita em 1994 pelo jornal Washington Post mostrou que 9% dos
norte-americanos duvidavam que o homem chegou à Lua. Isso equivale a 20 milhões
de descrentes no milagre tecnológico do século 20.
A legião de incrédulos inclui de
membros de seitas religiosas fundamentalistas a céticos com pretensas razões
científicas. Um dos mais badalados é Jim Collier, jornalista investigativo dos
Estados Unidos, que reuniu num vídeo suas suspeitas. Intitulada “E Tudo Era
Apenas uma Lua de Papel?”, a fita de duas horas de duração, produzida em 1997,
analisa, por exemplo, as sombras nas imagens que teriam sido transmitidas pelos
astronautas da Lua.
As colocações levantadas por Collier
foram desconsideradas pela Nasa. Confira algumas delas e o contraponto de um
cientista.
→ O alçapão que permitiria a
saída do módulo lunar pelo módulo da nave-mãe era muito pequeno para dar
passagem, não importa que manobras fossem feitas.
→ A portinhola frontal do módulo
lunar abria para dentro, tornando impossível aos astronautas se deslocarem para
fora da nave.
→ Fotos tiradas pela Nasa mostram
a Lua sob uma luz difusa. Como é possível isso, se o pouso aconteceu ao
meio-dia, com sol intenso?
→ O lado escuro dos objetos
retratados pela Nasa deveria ser negro com breu, enquanto o lado iluminado
deveria estar radiante. Mas isso não acontece. A luz em todas as fotos é tênue,
por todos os lados.
→ Nas fotos e vídeos, a bandeira
dos EUA fica tremulando ao vento. Só que não existe vento na Lua porque lá não
há atmosfera.
→ A empresa que fabricou os
filmes fotográficos usados na Lua informou que esses filmes derretem a uma
temperatura de 65ºC. Mas os astronautas pousaram quando a temperatura lunar era
de 120ºC. Como os filmes suportaram?
→ Existem diversas fotos com
sombras em várias direções, sendo que a única fonte de luz deveria vir do Sol.
Além disso, pela ausência da atmosfera, seria impossível haver penumbra na Lua,
como mostram milhares de fotos.
→ Fotos com diferentes tamanhos
da Terra, vista da Lua, evidenciam montagens desproporcionais.
→ Faltam as estrelas no fundo de
todas as fotos. Com a ausência da atmosfera, as estrelas tornam-se ainda mais
reluzentes.
→ Em centenas de fotos, veem-se
as pegadas dos astronautas na Lua. Mas, sem oxigênio e umidade, é complicado
que haja a formação de pegadas.
→ Pelo que se vê nas fotos, não
houve pouso do módulo lunar. Ele teria sido colocado delicadamente lá. Não há
marcas dos propulsores da nave.
O
astrofísico gaúcho Jorge Ducatti, professor na Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), comentou algumas das ponderações levantadas por Collier.
Sobre as principais
dúvidas, Ducatti esclarece:
→ Não existe vento na Lua, mas a
bandeira norte-americana tampouco tremula. Ela estava esticada por uma armação,
conforme foi inclusive noticiado na época.
→ O filme fotográfico não foi submetido diretamente ao
intenso calor. As máquinas não ficaram permanentemente ao sol e também contavam
com proteção interna.
→ É verdade que aparecem poucas
estrelas nas fotos, mas é uma questão de ajuste do fotômetro. Caso tentasse
captar o brilho da nave e das rochas na mesma intensidade que o das estrelas, a
foto ficaria escurecida. A escolha foi dar prioridade à nave, em detrimento do
brilho das estrelas, que pouco aparecem.
→ Na opinião de Ducatti, a
descrença é uma tendência histórica a acompanhar os grandes feitos tecnológicos.
Ele considera que a maioria das dúvidas é levantada por pessoas imaturas para
enxergar além da sua própria capacidade.
Artigo publicado no caderno “Eureka!”,
do jornal Zero Hora, RS, de 19.07.2004
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