A história a seguir, que anda circulando na Internet, é um exemplo da
ambiguidade do pronome possessivo “seu/sua”. O problema não existiria se fizéssemos
como os portugueses - e como fazem as outras línguas que não o português -
e usássemos a segunda pessoa do singular - tu, te, ti, teu, tua - em vez do pronome de tratamento “você”.
O diretor geral de um banco estava preocupado com um jovem e brilhante
diretor que, depois de ter trabalhado durante algum tempo junto dele, sem parar
nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o diretor geral do
banco chamou um detetive particular e disse-lhe:
− Siga o diretor Lopes durante uma semana.
O detetive, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
− O diretor Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à
sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes
charutos cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o diretor geral:
− Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
Logo em seguida, o detetive pergunta:
− Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
− Sim, claro, responde o diretor, surpreendido.
− Bom, então vou repetir, disse o detetive. O diretor Lopes sai
normalmente ao meio-dia, pega o teu carro, vai à tua casa almoçar, faz amor com
a tua mulher, fuma um dos teus excelentes charutos cubanos e regressa ao
trabalho.
A língua portuguesa é muito traiçoeira!
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