segunda-feira, 27 de março de 2023

Meu avô

 Miguel M. Abrahão*

Foi com meu avô que aprendi a contar histórias.

Ele me ensinou muitas coisas:
Me deu esperança e desejo.
Me disse que a vida não era para ser justa e sim vivida.
Preparou-me, com lições sobre o mundo,
Permitiu a distinção entre o bem e o mal... 

E vovô foi quem sempre escutou todos os meus sonhos.

Aquele que, na minha infância, por ter tempo e paciência,

falava realmente comigo.

E nos falávamos sempre em um dia sim e em outro também,

mesmo que o ânimo não lhe fosse favorável... 

Vovô falava e eu aprendia. Eu falava e ele me ouvia...

Assim, nunca ficamos sem palavras ou histórias para contar um para o outro...

Em verdade, sem ele, não sei quem ou o que EU seria!

Mas de uma coisa eu tenho certeza:

Eu não seria EU! 

Pois meu avô sempre foi meu melhor amigo,

meu guia, meu herói, meu orgulho.

E sabia que nada neste mundo, nem mesmo a vida ou a morte, poderia nos separar.

Seus conselhos permanecem irretocáveis,

e me permitem saber sobre as coisas certas, sejam elas a fazer ou a dizer! 

Vovô fez o melhor e foi o melhor que poderia ser.
Seu legado será eterno em minha vida.
Ele foi um modelo.
O meu modelo!... 

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* Miguel M. Abrahão (São Paulo, 25 de janeiro de 1961) é escritor, dramaturgo e professor de História em colégios particulares e cursos pré-vestibulares do Rio de Janeiro. Possui em seu currículo extensa obra publicada por diversas editoras, facilmente encontrada em sebos ou livrarias, abordando diversos gêneros: romances, infanto-juvenis, teatro e obras científicas na área de História. Muitas de suas peças já foram levadas aos palcos e continuam a ser encenadas por companhias teatrais de todo o país.

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