domingo, 26 de março de 2023

A intuição

 

(...) 

A intuição precisa ser mais acessada em nossas decisões, porque consiste em ouvir a própria voz interior, respeitar a nossa essência. 

Ela conhece o que é bom ou que é ruim em nossa vida. É a proteção da nossa verdade pessoal, um aviso da nossa alma sobre aonde devemos ir ou o que devemos fazer. Ela é que escolhe os nossos amigos de acordo com a nossa sensibilidade, ou os nossos amores, de acordo com as nossas fragilidades. 

Não tem a ver com profecia ou com leitura do futuro, mas com predisposição a ser feliz ou triste. É, acima de tudo, a interpretação da nossa natureza, dos nossos limites e quereres. São palpites, ecos da mente, que levam em conta nossas experiências anteriores e que vêm à tona para evitar a repetição de mágoas. 

A intuição é a cicatriz de uma ferida, que previne um novo sangramento. Tanto que às vezes não ouvimos a nossa intuição ou a interrompemos quando ela está falando, e nos maltratamos vivendo situações adversas ou suportando companhias prejudiciais à saúde emocional. 

Que sejamos mais plateia de nossa intuição, (...). Ela é poliglota de nossas dores. 

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P.S. Parte da crônica de Carpinejar intitulada “A intuição jamais será penetra”, no jornal Zero Hora, de 25 março de 2023.

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