O caipira recebeu uma carta, mas ele era analfabeto. Ele, então, foi para a padaria e pediu para o padeiro ler. O padeiro leu em voz baixa, sem que o caipira escutasse, e o expulsou de lá.
Então, o caipira levou a carta para o farmacêutico ler e este fez a mesma coisa: leu e expulsou, também, o caipira do seu estabelecimento.
Este foi a uma delegacia, e o delegado fez a mesma coisa, só que, achado uma grande falta de respeito, prendeu o caipira.
No julgamento, o caipira disse para o juiz:
− Seu juiz, antes docê fazê quarqué coisa cum eu, lê essa carta pra eu?
O juiz fez a mesma coisa e o isolou em uma ilha deserta, sem nenhum conforto.
Na ilha, havia um velhinho sábio.
O caipira lhe disse:
− Seu véio, ocê pode lê essa carta pra eu, é qui eu sô anarfabeto?
− Eu vou fazer diferente. Vou ensiná-lo a ler e a escrever e você mesmo vai ler essa carta.
Passaram-se três meses, e o caipira aprendeu a ler e a escrever. Ele se sentou, calmamente, em baixo de um coqueiro para ler, e quando foi começar a ler, bateu um vento e a carta voou e afundou no mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário