Prof. Emilio Myra Y Lopez
Ponde
o máximo esforço em conseguir a melhor conduta possível e não vos interessais
tanto pelo resultado, que sempre depende de causas alheias à própria vontade.
Dedicai
mais tempo a gozar o que possuis e o que alcançais, do que a sofrer pelo que
não tendes e pelo que perdeis.
Recordai
que não há “mal que por bem não venha” −: não há erro nem malogro do qual não
se possa obter, no mínimo, uma lição proveitosa para o futuro.
Tomai
a vida “sem pausa nem pressa”, isto é, sem paradas, sem saltos bruscos.
Preferi
a agilidade à força; a tolerância à teimosia, ser credores a ser devedores de
gratidões.
Buscai
o equilíbrio entre impulso, razões e paixões.
Buscai
o equilíbrio entre trabalhos, distrações e repousos.
Interessai-vos
mais em “fazer o bem” do que em sair-vos bem.
Recordai-vos
de que não sois nem “anjos” nem “diabos”, mas meros homens e que tendes em
vosso ser um pouco de ambos.
Não
sigais a rota de querer ser compreendido, mas a de querer compreender.
Não
peçais ajuda para viver; procurai ajudar para viver, ou melhor, viver para
ajudar.
Não
tenteis combater um dano com outro.
A
terapêutica moral não pode ser homeopática. Ao dano é preciso dissolvê-lo −
como aconselha Leibnitz: − com superabundância de bem.
Segui
em nossa vida a máxima: “suaviter in
forma, fortitur in re” (suave na forma, firme nos propósitos).
Imagem do homem feliz
Como
é o homem feliz? Certamente não podemos confundi-lo com o exaltado, nem com o
otimista insensato, nem com o tolo conformista.
O
homem feliz é aquele que, em primeiro lugar, se sente homem, isto é, vive em
toda a sua plenitude, sua dignidade humana, sem orgulho nem humildade.
O
homem feliz é, além disso, aquele que tem fé em si e na obra que realiza, a
qual não a compara com a dos demais, mas a ela própria, tendo em conta sempre a
equação de aptidões, créditos e resistências que a condicionam.
O
homem feliz é aquele que cada dia renova sua tarefa com a serenidade eficiente
de quem não teme nem a vida, nem a morte, pois se sente seguro no nível que lhe
corresponde e no qual não se mantém pela graça dos demais, nem, tampouco, a
expensas deles, mas pelo desenvolvimento perseverante do seu plano vital,
conscienciosamente elaborado.
O
homem feliz é o que desenvolveu um caráter flexível e, sem dúvida,
inquebrantável como o aço.
O
homem feliz é aquele que sabe, também, criar com seu exemplo: paz, confiança e
bem estar em redor de si, sem exageros místicos.
O
homem feliz é o que soube seguir a série de passos ascendentes que o levaram a
merecer seu bem estar e que podemos resumir assim: “estudou para saber. Soube
para fazer. Fez para valer. Valeu para servir. Serviu para merecer... viver
feliz”.
É,
portanto, quem tem: Fé na Razão e Razão na sua Fé.”
Do livro “Problemas Atuais de Psicologia”,
do Prof. Emilio Myra Y Lopez
Nenhum comentário:
Postar um comentário