Uma pequena história da Banda dos Fuzileiros Navais
Quando Cole Porter veio ao Rio,
assistiu, do palanque, ao desfile de 7 de Setembro. Quando viu passar a Banda
Marcial o Corpo de Fuzileiros Navais, ele puxou o Ari Barroso pela manga do
paletó e perguntou sério:
- O que é isso? Eles não
seguem a cadência do bumbo como todos os militares do mundo? Eles pisam num
ponto surdo entre as batidas! E eles balançam para os lados como se estivessem
dançando!
O Ari
respondeu:
- É porque é uma banda de mulatos que tocam de ouvido e
não marcham. Eles desfilam, o que é diferente. Esse balanço se chama
"ginga", mas eu não vou tentar te explicar porque você não entenderia
nunca...
Considerada uma das maiores bandas marciais
do mundo, distingue-se pela presença de gaitas de fole escocesas entre seus
instrumentos musicais, presente da Rainha da Inglaterra para o USS Saint Louis,
navio pertencente à Marinha Americana. Em 1951, quando esse navio foi
incorporado à Marinha Brasileira, com o nome de Cruzador "Tamandaré",
sua tripulação presenteou a Banda Marcial com 16 gaitas escocesas, em
agradecimento ao Corpo de Fuzileiros Navais, que ofertara ao navio a bandeira
brasileira.
Essa tradicional banda vem
divulgando, através dos anos, a Marinha do Brasil e o Corpo de Fuzileiros
Navais. Por sua técnica e pelas evoluções de seus componentes, entusiasma as
plateias por onde se apresenta, sendo cada vez mais solicitada para exibições
em todo o território brasileiro. Com isso, vem despertando o interesse pela
formação de inúmeras fanfarras escolares para as quais serve de modelo,
ajudando a manter uma tradição de nossas cidades, principalmente do interior.
Em sua composição encontram-se: mor, auxiliar do mor, schellenbaum, baliza,
bombos, taróis, surdos, quintonton, pratos, liras, gaitas, flautins, cornetas
lisas, cornetas com pisto, contrabaixos lisos, contrabaixos com pisto,
trompetes e trombonitos.
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