Olavo Bilac tinha uma noiva e
gostava muito dela. Só que ficou tuberculoso. A tuberculose era uma AIDS da
época. Sendo assim, a noiva foi obrigada a abandoná-lo. Arranjou um outro
namorado, um militar cheio de saúde e galões, e casou com ele. Mas Olavo Bilac
não morreu. Ao contrário, engordou,
Um dia, Olavo foi homenageado,
exatamente, pelo Exército (Ele é o autor do Hino à Bandeira). E, na cerimônia,
lá estava ela! Ela e ele, o major pelo qual o poeta fora trocado. A veia
criativa de Olavo Bilac começou a pulsar-lhe na garganta. Ali mesmo, ele teceu
um poema, e o declamou a toda assistência, olhando diretamente para a ingrata:
Maldita
sejas pelo ideal perdido!
Pelo
mal que fizeste sem querer!
Pelo
amor que morreu sem ter nascido!
Pelas
horas vividas sem prazer!
Pela
tristeza do que eu tenho sido!
Pelo
esplendor do eu deixei de ser!
Toma!
A ex-noiva desmaiou de emoção nos braços do perplexo
militar.
(Excerto de uma
crônica de David Coimbra, em ZH,
com o titilo de “Bruegas
e Betesgas”)
Hino à Bandeira Nacional
Letra: Olavo Bilac - Música: Francisco Braga
Salve,
lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu
seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Recebe o afeto que se encerra etc.
Contemplando
o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Recebe o afeto que se encerra etc.
Sobre a
imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!
Recebe o afeto que se encerra etc.
Um exemplo de poeta !!
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