quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Capoeira e a Política de Antigamente…

 

“Jogar capoeira ou dança da guerra”, do pintor Rugendas, publicada em 1835.

Decretado por Marechal Deodoro da Fonseca o Decreto Lei 487 dizia que: A partir de 11 de Outubro de 1890 todo capoeira pego em flagrante seria desterrado para a Ilha de Fernando de Noronha por um período de 02 á 06 meses de prisão. 

Parágrafo único: É considerada circunstância agravante pertencer o capoeira a alguma banda ou malta, aos chefes impor-se-á a pena em dobro. 

Os capoeiristas costumavam usar calças boca de sino e no período em que a capoeira ficou proibida por lei (1890-1937) a polícia, para detectar os capoeiristas, colocava um limão dentro das calças do indivíduo. Se o limão saísse pela boca das calças, a pessoa era considerada capoeiristas. 

Os capoeiristas eram contratados pelos políticos para bagunçar no dia das eleições. Enquanto as pessoas desviavam a atenção para a confusão dos capoeiras um indivíduo colocava um maço de chapas na urna ou na linguagem da época “emprenhava a urna”. Vencia as eleições o candidato que dispunha de maior número de capoeiras. 

Em 1824, os escravos que fossem pegos praticando capoeira recebiam trezentas chibatadas e era enviados para a Ilha das Cobras para realizar trabalhos forçados durante três meses. 

Milhares de capoeiristas foram para a Guerra do Paraguai, pois havia sido prometida a liberdade no final do conflito àqueles que participassem da batalha. 

Negros lutando. Pintura de Auguste Earle


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