terça-feira, 16 de maio de 2023

Humor teatral

                           

Nos bastidores de um teatro: 

− Boas horas! Pois agora é que o senhor vem para o ensaio, quando sabe que tem de entrar logo primeira cena? Pois o senhor não faz o papel de Arrependimento? 

− Por isso mesmo que me demorei: o arrependimento sempre chega tarde. 

***** 

Representava certo drama: 

Um ator tinha de entrar em cena, depois que outro queimasse uma carta, e logo na entrada devia dizer: 

− Que cheiro de papel queimado! 

Porém, o que estava em cena, não achando onde queimar a carta, rasgou-a e atirou os pedaços para baixo da mesa; o outro, que entra, ao ver os fragmentos da carta, exclamou, muito senhor de si: 

− Que cheiro de papel rasgado!... 

***** 

− Então, meu caro crítico, o que pensa você do meu drama? 

− Esplêndido! Os ladrões, então, são admiráveis! Até as palavras que eles dizem são roubadas... 

***** 

Um conhecido ator cômico que tinha muita graça no teatro e não menos fora dele, foi jantar num restaurante do centro da cidade. 

O garçom traz-lhe a sopa, mas se esquece de lhe trazer a colher. 

− Traze-me uma colher, por favor. 

− Sim, senhor. 

Enquanto o criado vai lá entro, o ator olha para o prato de sopa, vê um cabelo e tira-o. Depois ainda outro e mais outro... 

O ator (falando para o garçom, que se aproxima com a colher): 

− Olha, leva a colher e traze-me antes um pente.

***** 

Esta história, originalmente, teria acontecido numa ópera, mas dá, também, para adaptá-la para o teatro. 

Havia um modesto espetáculo teatral, representado por atores amadores, que numa fala bem resumida, um ator entra numa sala real, e pergunta a um dos presentes: 

− Como está o nosso Rei? 

O coadjuvante diria com voz empostada: 

− Mais ou menos... 

Não tinha como errar, a fala era fácil demais. O jovem ator ficou treinando nos bastidores: “mais ou menos”, “mais ou menos”, “mais ou menos”... 

Na sua deixa, o diretor o cutuca: 

− Vai que é a sua vez! 

O moço entra em cena, olhando assustado para a plateia. 

O ator no palco, rodeado de representantes todos com finos figurinos, pergunta, solene: 

− Como está o nosso Rei? − vendo que não houve resposta − repete a pergunta com mais ênfase: “Como está o nosso Rei?” − já quase gritando: “Como está o nosso Rei?” 

O jovem, que continuava mudo em cena, faz um gesto com a mão direita, balançando de um lado para outro... 

***** 

Dois atores cômicos de Stand-Up, num bar furreca, mantêm o seguinte diálogo com duplo sentido: 

− Ontem, sonhei que tu atiravas rosas em mim, e eu, cravo em ti! 

− Que calor que faz hoje? 

− Quente fez ontem! 

− Gostas de ler à noite? 

− Mas lê como à noite se não tenho livro? 

− Me contaram que você só caminha de manhã... 

− E você só caminha à noite... 

E o show continuou assim...

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