Nos bastidores de um teatro:
− Boas horas! Pois agora é que o senhor vem para o ensaio, quando sabe que tem de entrar logo primeira cena? Pois o senhor não faz o papel de Arrependimento?
− Por isso mesmo que me demorei: o arrependimento sempre chega tarde.
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Representava certo drama:
Um ator tinha de entrar em cena, depois que outro queimasse uma carta, e logo na entrada devia dizer:
− Que cheiro de papel queimado!
Porém, o que estava em cena, não achando onde queimar a carta, rasgou-a e atirou os pedaços para baixo da mesa; o outro, que entra, ao ver os fragmentos da carta, exclamou, muito senhor de si:
− Que cheiro de papel rasgado!...
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− Então, meu caro crítico, o que pensa você do meu drama?
− Esplêndido! Os ladrões, então, são admiráveis! Até as palavras que eles dizem são roubadas...
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Um conhecido ator cômico que tinha muita graça no teatro e não menos fora dele, foi jantar num restaurante do centro da cidade.
O garçom traz-lhe a sopa, mas se esquece de lhe trazer a colher.
− Traze-me uma colher, por favor.
− Sim, senhor.
Enquanto o criado vai lá entro, o ator olha para o prato de sopa, vê um cabelo e tira-o. Depois ainda outro e mais outro...
O ator (falando para o garçom, que se aproxima com a colher):
− Olha, leva a colher e traze-me antes um pente.
*****
Esta história, originalmente, teria acontecido numa ópera, mas dá, também, para adaptá-la para o teatro.
Havia um modesto espetáculo teatral, representado por atores amadores, que numa fala bem resumida, um ator entra numa sala real, e pergunta a um dos presentes:
− Como está o nosso Rei?
O coadjuvante diria com voz empostada:
− Mais ou menos...
Não tinha como errar, a fala era fácil demais. O jovem ator ficou treinando nos bastidores: “mais ou menos”, “mais ou menos”, “mais ou menos”...
Na sua deixa, o diretor o cutuca:
− Vai que é a sua vez!
O moço entra em cena, olhando assustado para a plateia.
O ator no palco, rodeado de representantes todos com finos figurinos, pergunta, solene:
− Como está o nosso Rei? − vendo que não houve resposta − repete a pergunta com mais ênfase: “Como está o nosso Rei?” − já quase gritando: “Como está o nosso Rei?”
O jovem, que continuava mudo em cena, faz um gesto com a mão direita, balançando de um lado para outro...
*****
Dois atores cômicos de Stand-Up, num bar furreca, mantêm o seguinte diálogo com duplo sentido:
− Ontem, sonhei que tu atiravas rosas em mim, e eu, cravo em ti!
− Que calor que faz hoje?
− Quente fez ontem!
− Gostas de ler à noite?
− Mas lê como à noite se não tenho livro?
− Me contaram que você só caminha de manhã...
− E você só caminha à noite...
E
o show continuou assim...
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