sexta-feira, 12 de maio de 2023

Longevidade

 Estilo de vida é importante 

Por Vinicius Coimbra

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Alexander Daudt, oncologista e coordenador do grupo de estudo de medicina e estilo de vida do Hospital Moinhos e Vento, baseia-se nas conclusões das chamadas Blue Zones para explicar a longevidade da moradora do interior do Estado (RS − Margarida Blanco, 115 anos). O trabalho é dos pesquisadores Gianni Pes e Michel Poulain e foi publicado em 2004 no jornal Experimental Gerontology. 

O estudo mapeou a alimentação e os hábitos da população de cinco regiões do planeta com alta concentração de idosos. Em Nuoro, na Itália, Okinawa, no Japão, Nicoya, na Costa Rica, Loma Linda, nos Estados Unidos, e na Ilha de Ikaria, na Grécia, as chances de homens e mulheres atingirem os cem anos são maiores do que em granes centros urbanos. 

Daudt cita alguns dos hábitos dos mais longevos: mover-se naturalmente, comer com sabedoria, resiliência ao estresse, alimentação saudável e espiritualidade. 

− A genética é 10%, 90% é estilo de vida − resume. 

Propósito 

O estudioso acrescenta que a longevidade ideal é aquela em que “o tempo de vida é igual ao tempo de saúde”. Ou seja, é preciso que viver mais seja acompanhado pela qualidade de vida do idoso. Daudt também destaca outros dois pontos que foram detectados pelos pesquisadores como decisivos para fazer um indivíduo viver mais: laços familiares duradouros. 

Outro ponto importante, segundo o médico, é ter um propósito de vida: 

− O japonês tem uma palavra, ikigai, que pode ser traduzida como “o que te faz levantar de manhã?”. É o senso de propósito que, quando existe, é um fator importante para quem vive mais. 

(Do jornal Zero Hora, 12 e maio de 2023)

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