domingo, 16 de outubro de 2022

Ode aos Mestres

 Luiz Coronel

Quando, ao amanhecer,

uma escola abres suas portas,

a noite não elaborou

mais um dia em vão.


Com olhos atentos,

um menino há de iniciar

o entendimento do mundo

e seus enigmas.

 

As filigranas de giz

que tombam

na ampulheta do tempo

fecundam as horas.

 

Por todos os caminhos,

levam os mestres

o pão da sabedoria,

o vinho do conhecimento

para abençoar

tantas vidas.

 

Eles libertam a criatividade

concedida pelos deuses.

Ensinam que as mãos

foram feitas para modelar

a face do mundo.

 

E colocar um riso aberto

na boca das ruas.

 

Bendito, mil vezes bendito,

quem aprende para saber.

 

Abençoado,

mil vezes abençoado,

quem sabe para ensinar. 

(Correio do Povo, de 15 de outubro de 2022)


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