Um filho esperto
Um pai resolveu experimentar a capacidade do seu filho de dez anos.
- Meu filho, disse ao menino, pegue a jarra marrom e traga-me um pouco de vinho.
O garoto pegou a jarra e pediu dinheiro ao pai.
- Ah! − replicou o pai − com dinheiro qualquer um compra vinho. Mas só as pessoas espertas conseguem vinho sem pagar!
O menino refletiu um instante, pegou a jarra e saiu de casa, voltando dez minutos mais tarde.
- Pai, disse, faça o favor de pegar um copo.
Admirado, o pai estende-lhe um copo.
O menino destampou a jarra e aproximou-a do copo.
- Beba-a, papai, disse sorrindo.
Beber? − perguntou o pai − como posso beber? Não há nada no copo!
Ah!, disse rindo o pequeno, qualquer um é capaz de beber quando há vinho no copo. Mas só as pessoas espertas conseguem beber quando o copo está vazio!
Fé e ação
Esta é a história de um homem religioso apanhado numa inundação. Enquanto as águas subiam em volta de sua casa, ele se refugiou nas preces, certo de que Deus o salvaria. Com o crescimento das águas, teve que se refugiar no telhado, mas continuou a rezar. Dois homens num barco passaram por lá e ofereceram socorrê-lo. Ele agradeceu, mas não cedeu. “O Senhor me salvará”, repetiu-lhes. Mais tarde, quando as águas já lhe atingiam os joelhos, uma lancha passou por lá e ofereceu-lhe ajuda. “Não, obrigado”, respondeu. “Confio que o Senhor me salvará.” Finalmente, um helicóptero da Guarda Nacional lançou sobre a casa uma corda-escada: mas ele a ignorou repetindo: “Confio que o Senhor me salvará.” Momentos depois, as águas subiram até por cima de sua cabeça, e ele, após uma luta breve, morreu afogado.
A coisa seguinte que lhe aconteceu foi quando já estava no céu, frente a frente com Deus. “Por que não me salvaste, Senhor? Minha fé em Ti nunca vacilou. Por que me abandonaste?” “Abandonei-te”, gritou o Senhor. “Enviei-te um barco, enviei-te uma lancha, enviei-te um helicóptero. O que estavas esperando?”
Lembrete
Um homem estava sentado ao lado do caixão de sua companheira de vida inteira, triste e amargurado. De repente viu passar à sua frente um desfile de formas belas e leves, de lábios rosados e olhos claros de alegria.
- Quem são vocês, belas criaturas? – perguntou. E elas responderam: “Somos as palavras que você poderia ter dito a ela.”
- Ah, fiquem comigo! – implorou o homem. Suas lindas formas são como um punhal me cortando o coração, mas mesmo assim fiquem comigo, pois ela está fria e muda, e eu estou sozinho.
Elas responderam:
- Não, não podemos ficar porque não temos existência. Somos apenas a luz que jamais brilhou.
E foram embora.
O homem continuou triste e amargurado.
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