segunda-feira, 31 de março de 2014

Comparações gauchescas



Bolicho de camapanha

Mais ligado que rádio de preso.
Mais curto que coice de porco.
Mais firme que nem prego em polenta.
Mais nojento que mocotó de ontem.
Mais saracoteando que bolacha em boca de veia.
Mais solto que nem peido em bombacha.
Mais curto que estribo de anão.
Mais pesado que sono de surdo.
Mais nervoso do que gato em dia de faxina.
Mais amontoado que uva em cacho.
Mais perdido que cego em tiroteio.
Mais perdido que cachorro em dia de mudança.
Mais faceiro que guri de bombacha nova.
Mais assustado que veia em canoa.
Mais angustiado que barata de barriga pra cima.
Mais por fora que quarto de empregada.
Mais por fora que surdo em bingo.
Mais sofrido que joelho de freira em semana santa.
Mais ansioso que anão em comício.
Mais apertado que bombacha de fresco.
Mais apressado que cavalo de carteiro.
Mais baixo que voo de marreca choca.
Mais bonita que laranja de amostra.
Mais chato que gilete caída em chão de banheiro.
Mais caro que argentina nova na zona.
Mais constrangido que padre em puteiro.
Mais conhecido que parteira de campanha.
Mais comprido que cuspe de bêbado.
Mais coxuda que leitoa em engorde.
Mais difícil que nadar de poncho.
Mais encolhido que tripa na brasa.
Mais extraviado que nem chinelo de bêbado.
Mais faceiro que mosca em tampa de xarope.
Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude.
Mais faceiro que pica-pau em tronqueira.
Mais feliz que puta em dia de pagamento de quartel.
Mais feio que briga de foice no escuro.
Mais feio que sapato de padre.
Mais feio que paraguaio baleado.
Mais feio que indigestão de torresmo.
Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro.
Mais gasto que fundilho de tropeiro.
Mais grosso que dedo destroncado.
Mais grosso que rolha de poço.
Mais grosso que parafuso de patrola.
Mais informado que gerente de funerária.
Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro.
Mais nervoso que potro com mosca no ouvido.
Mais sério que defunto.
Mais sujo que pau de galinheiro.
Mais tranquilo que nem cozinheiro de hospício.
Mais gorduroso que telefone de açougueiro.
Mais perdido que cebola em salada de frutas.
Mais chato que chinelo de gordo.
Mais grudado que pentelho em sabonete.
Mais duro que pau de preso.
Mais esquecido que argentino em posto de gasolina.


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