sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Ele achou três...



Conta-se que, certa vez, três estudantes quiseram fazer uma brincadeira com o filósofo Arthur Schopenhauer. O primeiro entrou no seu escritório e disse:

− Bom dia, pai Abraão.

Schopenhauer ficou calado, sentado na mesa do seu trabalho. Entrou o segundo e disse:

− Bom dia, pai Isaac.

O filósofo continuou sem se mexer. O terceiro, então, passou por ele e disse:

− Bom dia, pai Jacó.

Schopenhauer chamou os três e lhes disse:

− Quero agora dizer uma coisa a vocês: “Não sou Abraão, nem sou Isaac, tampouco Jacó. Sou Saul, o filho de Kis, que saiu de casa a mando do seu pai, para procurar um burro. Estou satisfeitíssimo já que tive mais sorte do que ele: encontrei logo três”.

(Do Almanaque do Correio do Povo de 1972)


Arthur Schopenhauer (Danzig, 22 de fevereiro de 1788Frankfurt, 21 de setembro de 1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Ele é mais conhecido pela sua obra principal “O mundo como vontade e representação” (1818), em que ele caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma cega, insaciável e maligna vontade metafísica. A partir do idealismo transcendental de Imannuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico. Schopenhauer foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos conceitos budistas na metafísica alemã. Foi fortemente influenciado pela leitura das Upanishads, que foram traduzidas pela primeira vez para o latim no início do século XIX. 

2 comentários:

  1. 'Um homem só pode ser ele mesmo quando estiver sozinho; se ele não ama a solidão, não amará a liberdade, pois quando está sozinho é realmente livre."

    Pesquisei depois da postagem do ACB

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