9 de fevereiro é o dia de Santa
Apolônia, padroeira da odontologia. Várias lendas cercam a vida desta mártir do
ano de 249 da era cristã. Aos 40 anos de idade, após ter os dedos e os dentes
arrancados, ela teria caminhado voluntariamente para a morte numa fogueira.
Segundo a tradição popular, é a santa que alivia qualquer tipo de dor.
Sua “especialidade”, porém, é a cura
da dor de dentes. Existe até uma oração específica pesquisada nos receituários
do Brasil colônia.
O teor da prece é o seguinte:
Deus eterno,
por cujo amor Santa Apolônia sofreu
que lhe tirassem os dentes com tanto rigor
e fosse queimada com chamas,
concedei-me a graça do celeste refrigério
contra o incêndio dos vícios
e dai-me socorro contra a dor de dente,
por intercessão.
Amém, Jesus.
(Do “Almanaque Gaúcho
– O livro”)
Santa Apolônia viveu no tempo do
império romano por volta do ano 249*. Era o tempo do imperador Filipe, que foi
derrotado por Décio. Este tornou-se um dos mais cruéis perseguidores dos
cristãos. Apolônia era filha de um rico magistrado de Alexandria, cidade
importante do Egito, então sob o domínio do império Romano. Apolônia teve sua
história contada pelo então Bispo de Alexandria, São Dionísio, em cartas ao
Bispo Fabio de Antioquia.
Na sétima investida do Imperador
Décio contra os cristãos, ela foi capturada. Como Décio sempre fazia, Apolônia
foi obrigada a renunciar a sua fé cristã pelas forças do império. Além disso,
foi obrigada a prestar culto aos deuses romanos e a obedecer ao Imperador.
Santa Apolônia, porém, firme na fé e tomada por uma coragem impressionante,
negou-se a obedecer. Por isso, ela passou a sofrer terríveis torturas em praça
pública, diante de todo o povo, que se impressionava com tudo o que via.
Em meio às grandes torturas que
sofreu sem negar sua fé, Santa Apolônia teve seus dentes arrancados por pedras
afiadas. Mesmo sofrendo a dor lancinante de ter seus dentes quebrados, ela não
renunciou à sua fé em
Jesus Cristo. Ao ver sua firmeza na fé, os carrascos
quebraram sua face com pancadas. Em seguida, foi condenada a morrer queimada.
Depois de sua morte, seus dentes foram recolhidos e levados para vários
mosteiros. Existe um dente e um pedaço de sua mandíbula no Mosteiro de Santa
Apolônia em Florença, Itália.
Depois de todos os sofrimentos pelos
quais tinha passado, Santa Apolônia ainda reunia forças para mostrar a todos
sua fé inabalável. Assim, mesmo amarrada, ela própria se jogou na fogueira onde
morreria, dizendo que preferia a morte a renunciar sua fé em Cristo Jesus. Deus ,
porém, protegeu Santa Apolônia e ela escapou ilesa da fogueira. Muitos dos
presentes se converteram ao presenciar este fato. Então os algozes lhe deram
vários golpes de espada e lhe deceparam a cabeça. Santa Apolônia faleceu no ano
de 249.
Oração a Santa Apolônia
Ó bom Deus.
Rogamos que a
intercessão da gloriosa mártir de Alexandria,
Santa Apolônia, nos
livre de todas as enfermidades do rosto e da boca.
Lembrai-vos principalmente
das criaturas inocentes e indefesas.
Afastai, se possível,
a amargura das dores de dente.
Iluminai, fortificai e
protegei os cirurgiões-dentistas,
para que sempre se
dediquem ao próximo com o amor que de vós emana,
e nos seja dado
usufruir de vosso reino.
Santa Apolônia,
intercedei a Deus por nós.
Amém.
(Do Blog Terra Santa)
Cadeira de dentista antiga
Dentista antigo
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