O burro meteorologista
Era uma vez um rei que queria pescar.
Ele chamou o seu meteorologista e pediu-lhe a previsão do tempo para as
próximas horas.
Este lhe assegurou que não iria chover.
A noiva do monarca vivia perto de onde ele iria e colocou sua roupa mais
elegante para acompanhá-lo.
No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse:
No caminho, ele encontrou um camponês montando seu burro que viu o rei e disse:
− Majestade, é melhor o senhor regressar ao palácio porque vai chover muito.
O rei ficou pensativo e respondeu:
− Eu tenho um meteorologista, muito bem pago, que me disse o contrário. Vou
seguir em frente.
E assim fez.
Choveu torrencialmente.
O rei ficou encharcado e a noiva riu-se dele ao vê-lo naquele estado.
Furioso, o rei voltou para o palácio e despediu o meteorologista.
Em seguida, convocou o camponês e ofereceu-lhe emprego.
O camponês disse:
− Senhor, eu não entendo nada disso. Mas, se as orelhas do
meu burro ficam caídas, significa que vai chover.
Então, o rei contratou o burro.
E assim começou o costume de contratar burros para trabalhar junto ao Poder...
Desde então, eis a razão de burros ocuparem as posições mais bem pagas em
qualquer governo.
A fábula do burro que levava relíquias…
Um burro, carregando a estátua de
um santo e outras relíquias, caminhava pelas ruas da cidade. E por onde ele
passava as pessoas entoavam hinos e queimavam incensos. Paravam para vê-lo e
fixavam em sua direção olhares de admiração. Alguns até se ajoelhavam.
Imaginando que todas as honrarias
eram para ele, o burro, cheio de orgulho, marchava soberbamente diante do povo.
E até fazia paradas estratégicas quando percebia que a multidão exultava.
Alguém que por ali passava, observando a pose do animal,
adivinha o que lhe passa na cabeça e diz:
– Não sejas tolo, ó burro insano! Deixa de lado essa presunção! És pobre de
cabeça? Não vês que as homenagens e as preces dos suplicantes são para o santo
que carregas, e não para ti?
Quantos burros se imaginam
adorados pelos homens! Quantos magistrados que nada sabem são aplaudidos pela
imponência da toga!
Poderia ser Fábulas de Brasília.
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