quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Histórias do futebol brasileiro

Como surgiu: Os Cartolas


Como surgiu: Os Cartolas

Em 1917, o Dublin, time de futebol do Uruguai, realizou uma temporada no Rio de Janeiro. Em um de seus jogos, no estádio de General Severiano, campo do Botafogo, dois dos dirigentes do Dublin, apareceu correndo na frente dos jogadores uruguaios até o centro do campo. O fato causou sensação, porque os dirigentes usavam altas e luxuosas cartolas.

Foi a partir daí, que, no Brasil, os dirigentes dos clubes passaram a ser chamados de CARTOLAS.

Carpegiani x Rubens Minelli

Apesar da notória ascendência sobre os companheiros, com quem sempre discutia questões táticas da equipe, Paulo César Carpegiani nunca teve problemas de relacionamento com técnicos. É verdade que quase aconteceu uma briga com Rubens Minelli no começo de sua carreira. Houve um incidente digno das melhores comédias de Peter Sellers.

No final de um treino no Beira Rio, açulado por Escurinho, Carpegiani lançou um balde de água em alguém que ocupava o WC do vestiário. Pois esse alguém era ninguém menos que Rubens Minelli que, de calça da mão, saiu lá de dentro aos berros:

- Suspendo o contrato do moleque que fez isso! Se não descobrir que foi, castigo o time todo.

Não passou um minuto, Carpegiani se apresentou:

- Fui eu, seu Minelli. Pensei que era o João Ribeiro lá no banheiro. Pode me suspender.

Claro que não houve suspensão e os dois se tornaram bons amigos. Mas, um novo incidente, desta vez na final do Brasileiro de 1976, voltaria a esfriar o relacionamento entre eles. Tudo começou quando Carpegiani aliou-se a Figueiroa, Lula e Valdomiro para exigir a escalação de Escurinho em lugar de Caçapava. Minelli irritou-se:

- Vocês querem mandar em tudo. Disseram a imprensa que Escurinho jogaria. E eu, como é que fico?

Minelli acabou escalando Caçapava, o Internacional ganhou do Fluminense em pleno Maracanã, sagrando-se, após jogar duas partidas com o Vasco, bi-campeão brasileiro.

Revista Placar



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