sábado, 22 de fevereiro de 2020

Ensinamentos religiosos

8 de julho: Dia do Panificador


Conta a tradição do catolicismo popular que em 1333, durante uma grande fome que assolou Portugal, a rainha Isabel de Aragão, mulher do rei D. Diniz, resolveu distribuir pães aos pobres, contra a vontade do marido. Para que o rei não soubesse o que fazia, costumava levar pães escondidos no avental. Interceptada um dia pelo rei, que queria saber o que Isabel escondia no avental, a rainha disse: são apenas rosas. D. Diniz quis verificar a veracidade. Ao abrir o avental, foram mesmo rosas que caíram no lugar dos pães, para estupor de alguns súditos que viram a cena e sabiam da verdade.

Em virtude desse episódio, a rainha, canonizada pelo papa Urbano VIII, é considerada a padroeira dos padeiros. Exatamente por isso, o dia 8 de julho, dia de Santa Isabel de Castela, é considerado o Dia do Panificador em Portugal e no Brasil.

4 de dezembro: Dia de Santa Bárbara


Conta a tradição que Santa Bárbara, nascida em Nicomédia, Turquia, foi uma jovem degolada pelo próprio pai. Dióscoro, por ter se convertido ao cristianismo. Quando a cabeça de Bárbara caiu no chão, trovões e relâmpagos cortaram os ares. Um dos relâmpagos fulminou Dióscoro, o assassino da própria filha. Em virtude disso, Santa Bárbara é considerada a padroeira de todos os que trabalham com o fogo e a protetora contra relâmpagos, trovões e tempestades. Nos cultos afro-brasileiros, a santa é sincretizada com Iansã, a orixá que comanda os ventos e a força dos relâmpagos.

16 de julho de 1251: A Devoção ao Escapulário
  
    
Conta a tradição católica que nesse dia Simão Stock, Prior Geral da Ordem do Carmo, rezava a Nossa Senhora para conseguir resolver um problema que afetava a ordem dos carmelitas. Durante a reza, Simão teve uma visão da Virgem Maria, que lhe entregou um escapulário (do latim scapula: proteção), um cordão de proteção com a imagem de Cristo de um lado e da própria virgem do outro. A devoção ao escapulário, a partir daí, se tornou das mais fortes entre os católicos. No cristianismo popular brasileiro, o escapulário é considerado importante amuleto de proteção. Diz a tradição popular que quem morrer com o escapulário no pescoço não sofrerá da danação do Inferno

(Do livro “Almanaque Brasilidade – Um inventário do Brasil popular”,
de Luiz Antônio Simas)


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