8 de julho: Dia do Panificador
Conta a tradição do catolicismo
popular que em 1333, durante uma grande fome que assolou Portugal, a rainha
Isabel de Aragão, mulher do rei D. Diniz, resolveu distribuir pães aos pobres,
contra a vontade do marido. Para que o rei não soubesse o que fazia, costumava
levar pães escondidos no avental. Interceptada um dia pelo rei, que queria
saber o que Isabel escondia no avental, a rainha disse: são apenas rosas. D.
Diniz quis verificar a veracidade. Ao abrir o avental, foram mesmo rosas que
caíram no lugar dos pães, para estupor de alguns súditos que viram a cena e
sabiam da verdade.
Em virtude desse episódio, a
rainha, canonizada pelo papa Urbano VIII, é considerada a padroeira dos
padeiros. Exatamente por isso, o dia 8 de julho, dia de Santa Isabel de
Castela, é considerado o Dia do Panificador em Portugal e no Brasil.
4 de dezembro: Dia de Santa Bárbara
Conta a tradição que Santa
Bárbara, nascida em Nicomédia, Turquia, foi uma jovem degolada pelo próprio
pai. Dióscoro, por ter se convertido ao cristianismo. Quando a cabeça de
Bárbara caiu no chão, trovões e relâmpagos cortaram os ares. Um dos relâmpagos
fulminou Dióscoro, o assassino da própria filha. Em virtude disso, Santa
Bárbara é considerada a padroeira de todos os que trabalham com o fogo e a
protetora contra relâmpagos, trovões e tempestades. Nos cultos
afro-brasileiros, a santa é sincretizada com Iansã, a orixá que comanda os
ventos e a força dos relâmpagos.
16 de julho de 1251: A Devoção ao Escapulário
Conta a tradição católica que
nesse dia Simão Stock, Prior Geral da Ordem do Carmo, rezava a Nossa Senhora
para conseguir resolver um problema que afetava a ordem dos carmelitas. Durante
a reza, Simão teve uma visão da Virgem Maria, que lhe entregou um escapulário
(do latim scapula: proteção), um
cordão de proteção com a imagem de Cristo de um lado e da própria virgem do
outro. A devoção ao escapulário, a partir daí, se tornou das mais fortes entre
os católicos. No cristianismo popular brasileiro, o escapulário é considerado
importante amuleto de proteção. Diz a tradição popular que quem morrer com o
escapulário no pescoço não sofrerá da danação do Inferno
(Do livro “Almanaque
Brasilidade – Um inventário do Brasil popular”,
de Luiz Antônio
Simas)
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