sábado, 21 de março de 2020

As epidemias na história


Veja algumas das principais epidemias e pandemias que atingiram a humanidade, e número de mortos que deixaram.


Peste Antonina (165 − 180)

+ 5 milhões de mortos

→ Contribuiu para desestabilizar o Império Romano, tamanho o impacto social e econômico, o que culminaria na desintegração da parte oriental. Pelas descrições dos sintomas da época, acredita-se que tenha sido causada pela varíola.

Praga de Justiniano (541 − 542)

+ 30 a 50 milhões

→ Com origem na China e na Índia, a doença enfraqueceu o Império Bizantino. Estima-se que 5 mil a 10 mil pessoas morreram por dia em Constantinopla, atual Istambul.

Peste Negra (1347 − 1351)

+ 200 milhões

→ Considerada a pior pandemia já vista, só na Europa teria matado algo perto de um terço da população. Trouxe grandes alterações sociais e contribuiu para acabar com o sistema de servidão importo aos camponeses à época. A prática de quarentena ganhou força como medida preventiva.

Varíola (1520)

+ 56 milhões

→ Foi trazida à América pelos espanhóis e teve um impacto devastador sobre a população local.

Cólera (1817 − 1923)

+ 1 milhão

→ A primeira pandemia se estendeu do Vale do Ganges (Índia) ao norte da África e outras regiões da Ásia. Os russos acabaram levando a doença para a Europa. Até 1923, a bactéria provocaria seis pandemias.

Terceira pandemia (1855)

+ 12 milhões

→ Foi uma terceira onda do bacilo da Peste Bubônica que se espalhou da China para o mundo com a expansão do transporte marítimo.

Febre amarela (final do século 19)

+ 150 mil

→ O Brasil foi um dos países mais afetados pela doença, principalmente depois que um navio supostamente contaminado chegou ao Rio de Janeiro em 1849. Cerca de 4 mil dos 266 mil habitantes da cidade teriam morrido, o que reforçou investimentos em políticas de higienização no país.

Gripe russa (1889 − 1890)

+ 1,5 milhão

→ Teria começado no atual Uzbesquistão e se espalhou por Europa, Ásia, África e América. No Brasil, o imperador D. Pedro II teria contraído o vírus H2N2.

Gripe espanhola (1918-1919)

+ 50 milhões

→ Sem tratamento, o H1N1 foi combatido com quarentenas, higiene e alívio dos sintomas. Inclusive no Brasil, cidades ficaram esvaziadas, e os necrotérios, lotados. Eleito presidente, Rodrigues Alves morreu antes de assumir o mandato.

Gripe asiática (1957 - 1958)

+ 1 milhão a 4 milhões

→ Quatro décadas após o trauma provocado pela gripe espanhola, outro vírus influenza, o H2N2, voltou a provocar uma pandemia. Avançou do norte da China para a Ásia, Oceania, África, Europa e EUA por terra e mar. A recorrência de infecções respiratórias criaria uma cultura de prevenção como uso de máscara em países da Ásia.

HIV/Aids (1981 − hoje)

+ 32 milhões

→ Segue como uma ameaça apesar de avanços no tratamento. Segundo a OMS, 770 mil pessoas morreram por complicações da Aids em 2018. Provocou mudanças comportamentais do ponto de vista sexual e disseminação do uso de preservativos.

Gripe A (2009 − 2010)

+ 100 mil a 400 mil

→ Embora a conta oficial preliminar fosse 18,5 mil mortes, a OMS estima que o total de vítimas do H1N1 pode ter superado cem mil. Pela primeira vez, uma vacina foi criada e distribuída ainda no primeiro ano de pandemia. Ampliou-se colaboração internacional no combate a epidemias e pandemias.

Ebola (2014 − 2016)

+ 11,3 mil

→ Teve início na África e se espalhou por países como Guiné, Libéria e Serra Leoa. Altamente letal, estima-se que provoque a morte de 50% dos infectados, em média.

Coronavírus (2019)

(11 mil até sexta-feira – 20 de março)

→ Surgida na China, a variação do coronavírus segue se alastrando em ritmo acelerado em todos os continentes. Países determinam restrições de circulação, aglomeração e funcionamento de escolas e comércio.

Fontes:

OMS, CDC, Fórum Econômico Mundial,
Encyclopedia Britannica, Agência Fiocruz

(Do jornal Zero Hora, março de 2020)

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