sábado, 7 de março de 2020

Entenda como é o monitoramento de casos suspeitos de coronavírus

Situação 1

Paciente com febre e com pelo menos mais um sinal ou sintoma respiratório.*

* (tosse, dificuldade para respirar, coriza, batimento das asas nasais, entre outros).


+

Viajou nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sintomas a áreas com transmissão local.**

** (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Croácia, Dinamarca, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Indonésia, Irã, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Reino Unido, San Marino, Singapura, Suíça, Tailândia, Vietnã).

Situação 2


Paciente com febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório.*

+

Contato próximo com pessoa suspeita de coronavírus nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Situação 3


Paciente com febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório.*

+

Contato próximo com caso confirmado de coronavírus nos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Caso o paciente se enquadre em uma das três condições acima, ele será classificado como SUSPEITO. Caso contrário, será EXCLUÍDO para coronavírus.

NÃO?

Caso descartado para coronavírus.

SIM?

Paciente classificado como suspeito.

ATENÇÃO!

Pessoas sem sintomas, independentemente de viagem para países com circulação do vírus, não têm orientação de procurar um serviço médico. Nesses casos, recomenda-se observar se ocorre febre acompanhada de algum sinal respiratório. Se houver esses sinais, ela deve procurar atendimento.

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS

→ O que deve fazer o serviço de saúde que identificar um caso como suspeito:


A) Isola paciente, colocando máscara cirúrgica e segregando-o em área com pouca ou nenhuma circulação de pessoas.

+

B) Notifica o caso às autoridades epidemiológicas locais (de município, Estado e Ministério da Saúde) por telefone e ficha de notificação on-line.

Avalia a gravidade do quadro clínico.


1) Os casos que não apresentarem sintomas graves podem ser orientados a permanecer em isolamento domiciliar até a melhora do quadro. Nesse período, a pessoa segue monitorada pelas equipes de saúde. Ela é aconselhada e evitar o contato com outras pessoas onde reside, usar máscara cirúrgica quando não estiver sozinha e sair de casa apenas em situações de emergência.

2) Os casos que vierem a apresentar algum quadro clínico de gravidade serão avaliados quanto necessidade de internação e isolamento. A Central de Regulação Hospitalar do Estado avalia o caso e define se ele pode permanecer no mesmo local onde foi inicialmente atendido ou se precisa de remoção para outro local.


Coleta amostra de secreção das vias áreas.

+

Realiza um levantamento sobre pessoas com quem o paciente teve contato, para que essas pessoas sejam monitoradas por 16 dias, a contar da data do contato. A identificação da procedência e do roteiro de viagem nos últimos 14 dias é realizada de forma mais detalhada possível (país e cidade, número de voos, datas etc.).

ANÁLISE DA AMOSTRA COLETADA


Primeiro teste

As amostras de pacientes suspeitos são enviadas primeiro ao Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. No local, verifica-se a presença dos sete tipos de vírus mais frequentes em nosso meio (influenza A e B, três tipos de parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório).

Há presença de um dos sete vírus?

Caso descartado para coronavírus.

Não há presença de nenhum dos sete vírus?

Paciente continua como caso suspeito de coronavírus.

O resultado sai em cerca de 48 horas após a chegada da amostra no laboratório.

Segundo teste


Pacientes que não estão infectados por nenhum dos vírus mais comuns encontram-se sob suspeita de ter o coronavírus. A amostra de suas secreções segue então por via aérea para o Rio de Janeiro, para análise específica de coronavírus, em laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O resultado para coronavírus é positivo?

Caso confirmado da doença.

O resultado para coronavírus é negativo?

Caso descartado.

O resultado sai em cerca de 3 dias após a chegada da amostra no laboratório.

(Do jornal Zero Hora, 6 de março de 2020)

Fonte: Secretaria Estadual de Saúde,
do Rio Grande do Sul.

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