De acordo com especialistas, não há motivos para entrar em
pânico com o panorama atual do Brasil em relação ao vírus.
− Temos dois casos. Isso serve de
alerta, e não de pânico. O melhor a fazer agora é evitar o contato muito
próximo e higienizar, com frequência, as mãos com água e sabão ou álcool-gel −
orienta Gustavo Campana, diretor médico do laboratório Sérgio Franco, que
integra o grupo Dasa.
A médica Patrícia Rezende,
pediatra do Prontobaby, reforça a importância de ensinar às crianças e
adolescentes a maneira correta de lavar as mãos:
− A lavagem deve durar, no mínimo, 20 segundos. Tem que
lavar a palma e o dorso da mão, entre os dedos e até o meio do antebraço.
De acordo com Gustavo, a escola e
as famílias devem ficar atentas a qualquer sintoma característico do
coronavírus (febre, tosse, coriza ou outro sintoma respiratório, como falta de
ar), caso o estudante tenha viajado ou entrado em contato com alguém que viajou
para países onde o surto está ativo.
− Nestes casos, o aluno não deve
ser enviado à escola. Ele precisa ser mantido em isolamento domiciliar mesmo
antes de ter o diagnóstico confirmado ou descartado − indica o médico.
Segundo Patrícia, esta faixa
etária tem mais dificuldade em seguir as recomendações de etiqueta de higiene.
− Temos que reforçar essas
medidas de precaução, que são as mais eficazes. Estamos prestes a iniciar o
outono, período em que é normal o aumento da transmissão de doenças
respiratórias, elevando a chance do número de casos crescer no Brasil −
completa a pediatra.
Como se prevenir
Lave bem as mãos
→ A lavagem deve durar, pelo menos, 20 segundos. É preciso
lavar a palma e o dorso da mão, entre os dedos e até o meio do antebraço com
água e sabão.
Álcool em gel como alternativa
→ Quando não houver possibilidade
de lavar as mãos, use um pouco de álcool em gel para desinfectar a área.
Tosse e espirro, onde mora o perigo
→ É importante que os pais ensinem
a seus filhos a etiqueta da higiene, que consiste em levar o nariz e a boca
para a dobra do cotovelo no momento em que for espirrar ou então usar um lenço
descartável para conter as gotículas que saem destas duas regiões. Após o uso,
o lenço deve ser jogado fora. Já os braços, devem ser lavados.
Cuidado onde toca
→ Oriente seus filhos a evitarem
tocar diretamente em maçanetas e corrimãos enquanto estiverem na escola ou em
outro lugar com grande aglomeração de pessoas. Uma opção é usar um lenço
descartável para tocar nestes locais. Se não for possível evitar o contato,
oriente que eles lavem bem as mãos ou usem álcool em gel.
Atenção no transporte
→ Caso seus filhos cheguem ao colégio de transporte público
como ônibus, trem ou metrô, oriente que eles sempre lavem as mãos ou usem
álcool em gel assim que possível, pois estes ambientes acumulam muitos vírus e
bactérias por serem tocados por várias pessoas.
Desinfecte os utensílios
→ Se algum colega da escola do seu
filho for diagnosticado com coronavírus, é importante que o material escolar
passe por uma desinfecção, que pode ser realizada até mesmo dentro de casa. A
limpeza pode ser feita com álcool 70%, água sanitária ou água e sabão.
De olho no celular
→ Os adolescentes não desgrudam de
seus celulares, que muitas vezes caem no chão, são levados para o banheiro e
estão em constante contato com as mãos. Os aparelhos devem ser higienizados com
álcool em gel 70%. É importante limpar também as capinhas.
Evite contato próximo
→ A Organização Mundial da Saúde
tem orientado que, nos países de transmissão ativa do coronavírus, se evite o
contato próximo, como beijos, abraços e apertos de mãos. Se os casos
confirmados da Covid-19 aumentarem no Brasil, será preciso mudar um pouco esta
prática, tão comum entre as crianças e adolescentes.
(Da coluna Saúde e
Ciência, no jornal Extra)
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