domingo, 1 de março de 2020

Como proteger seus filhos do novo coronavírus na escola



De acordo com especialistas, não há motivos para entrar em pânico com o panorama atual do Brasil em relação ao vírus.

− Temos dois casos. Isso serve de alerta, e não de pânico. O melhor a fazer agora é evitar o contato muito próximo e higienizar, com frequência, as mãos com água e sabão ou álcool-gel − orienta Gustavo Campana, diretor médico do laboratório Sérgio Franco, que integra o grupo Dasa.

A médica Patrícia Rezende, pediatra do Prontobaby, reforça a importância de ensinar às crianças e adolescentes a maneira correta de lavar as mãos:

− A lavagem deve durar, no mínimo, 20 segundos. Tem que lavar a palma e o dorso da mão, entre os dedos e até o meio do antebraço.

De acordo com Gustavo, a escola e as famílias devem ficar atentas a qualquer sintoma característico do coronavírus (febre, tosse, coriza ou outro sintoma respiratório, como falta de ar), caso o estudante tenha viajado ou entrado em contato com alguém que viajou para países onde o surto está ativo.

− Nestes casos, o aluno não deve ser enviado à escola. Ele precisa ser mantido em isolamento domiciliar mesmo antes de ter o diagnóstico confirmado ou descartado − indica o médico.

Segundo Patrícia, esta faixa etária tem mais dificuldade em seguir as recomendações de etiqueta de higiene.

− Temos que reforçar essas medidas de precaução, que são as mais eficazes. Estamos prestes a iniciar o outono, período em que é normal o aumento da transmissão de doenças respiratórias, elevando a chance do número de casos crescer no Brasil − completa a pediatra.

Como se prevenir

Lave bem as mãos

→ A lavagem deve durar, pelo menos, 20 segundos. É preciso lavar a palma e o dorso da mão, entre os dedos e até o meio do antebraço com água e sabão.

Álcool em gel como alternativa

→ Quando não houver possibilidade de lavar as mãos, use um pouco de álcool em gel para desinfectar a área.

Tosse e espirro, onde mora o perigo

→ É importante que os pais ensinem a seus filhos a etiqueta da higiene, que consiste em levar o nariz e a boca para a dobra do cotovelo no momento em que for espirrar ou então usar um lenço descartável para conter as gotículas que saem destas duas regiões. Após o uso, o lenço deve ser jogado fora. Já os braços, devem ser lavados.

Cuidado onde toca

→ Oriente seus filhos a evitarem tocar diretamente em maçanetas e corrimãos enquanto estiverem na escola ou em outro lugar com grande aglomeração de pessoas. Uma opção é usar um lenço descartável para tocar nestes locais. Se não for possível evitar o contato, oriente que eles lavem bem as mãos ou usem álcool em gel.

Atenção no transporte

→ Caso seus filhos cheguem ao colégio de transporte público como ônibus, trem ou metrô, oriente que eles sempre lavem as mãos ou usem álcool em gel assim que possível, pois estes ambientes acumulam muitos vírus e bactérias por serem tocados por várias pessoas.

Desinfecte os utensílios

→ Se algum colega da escola do seu filho for diagnosticado com coronavírus, é importante que o material escolar passe por uma desinfecção, que pode ser realizada até mesmo dentro de casa. A limpeza pode ser feita com álcool 70%, água sanitária ou água e sabão.

De olho no celular

→ Os adolescentes não desgrudam de seus celulares, que muitas vezes caem no chão, são levados para o banheiro e estão em constante contato com as mãos. Os aparelhos devem ser higienizados com álcool em gel 70%. É importante limpar também as capinhas.

Evite contato próximo

→ A Organização Mundial da Saúde tem orientado que, nos países de transmissão ativa do coronavírus, se evite o contato próximo, como beijos, abraços e apertos de mãos. Se os casos confirmados da Covid-19 aumentarem no Brasil, será preciso mudar um pouco esta prática, tão comum entre as crianças e adolescentes.


(Da coluna Saúde e Ciência, no jornal Extra)

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