Entenda a ciência por trás do exame que identifica a covid-19
Por que o teste é importante?
→ Com ele, é possível identificar
onde o vírus está circulando, a chamada vigilância virológica. Baseado nesses
dados, o Ministério da Saúde pode adotar uma série de estratégias de contenção
para evitar a proliferação do microorganismo.
Para que serve o teste?
→ O teste é o principal mecanismo
para confirmar o diagnóstico da covid-19. Atualmente, o Ministério da Saúde
orienta o procedimento apenas para casos graves − pacientes que apresentem
sintomas como falta de ar ou dificuldade de respiração.
Como funciona?
1) Coleta:
Grandes cotonetes, os swabs, coletam amostras do trato
respiratório (nariz e garganta).
O material é colocado dentro de um tubo.
Nele, está contido um líquido que conserva todos os
microorganismos.
2) No laboratório:
O material é dividido em volumes. Um é
armazenado e outro vai para processamento.
3) Extração:
A amostra passa pela chamada “extração
de ácidos nucléicos”: todo o material genético é separado e limpo.
4) Constatação:
Nesse processo, conhecido como
RTPCR, pequenas “iscas” − os primers − buscam o material genético do
coronavírus dentro da mistura. A amostra é ampliada como se fosse uma cópia.
Assim, caso seja constatada a presença do vírus, é possível analisá-lo.
Quando
fica pronto?
→ O resultado leva de 48 a 72 horas para sair.
A
família do vírus:
→ De origem ainda incerta, o
coronavírus recebeu esse nome porque parece, no microscópio, com uma coroa. Em
inglês, a palavra é “crown”, que remete a “corona” (coroa em espanhol). Oficialmente,
o nome do microorganismo é Sars-CoV-2.
Coronavírus é o nome de uma
família de vírus que causam infecções respiratórias. O Sars-CoV-2 é o
responsável por causar a doença enfrentada atualmente, a covid-19.
Por
que existe a contraprova?
Para controle. No Brasil, existem
três laboratórios de referência segundo o Ministério da Saúde: Instituto Adolfo
Lutz (SP), Fundação Oswaldo Cruz (RJ) e Instituto Evandro Chagas (PA). Sempre que
um teste positivo é constatado por uma rede particular, por exemplo, a amostra
é enviada para as instituições, que realizam a contraprova. Confirmado o caso,
o laboratório está apto a fazer os demais testes na população. O processo
ocorre apenas no primeiro teste positivo.
Por
que não é possível testar uma população inteira?
Atualmente, o maior gargalo dos
testes está no RTPCR. O processo é complexo e necessita de insumos e reativos −
como enzimas, sais e tampões −, que são produzidos por diferentes empresas. Com
a crescente demanda, a oferta do produto torna-se inviável, afinal, países
costumam ter milhões de habitantes.
Aumento
da produção:
Recentemente, a Fiocruz anunciou
que aumentará a própria produção para entregar 1 milhão de testes de
coronavírus até o fim do ano. Cerca de 13 mil pessoas no Brasil já foram
testadas pelo sistema Único de Saúde (SUS). A medida segue a recomendação Organização
Mundial da Saúde (OMS).
(Do Caderno Vida de
Zero Hora, março de 2020)
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