Não é lenda. É uma história real
que ocorreu em dezembro de 1951, no interior de Santa Maria, Rio Grande do Sul, e teve grande repercussão.
No começo de 1952, a
revista O Cruzeiro reproduziu o episódio em cinco páginas ilustradas e, daí
para frente, a insólita notícia se espalhou pelo mundo, figurando até na Time
americana. O autor da façanha: o peão Euclides Guterres (foto abaixo). A
façanha: laçou um avião em pleno voo.
Tudo começou quando o piloto
Irineu Noal, do aeroclube de Santa Maria, pegou um teco-teco Paulistinha e decolou
rumo à fazenda de Cacildo Pena Xavier, em Tronqueiras, e passou a tirar
rasantes sobre as coxilhas. No alto de uma delas, Euclides cuidava de uma
novilha e achou que o voo era alguma provocação. Armou o laço de 13 braças e
atirou em direção ao bico do teco-teco. Quando percebeu que tinha acertado,
largou o laço, “para não ser levado pelo avião”, mas a hélice já o havia
cortado. O piloto, assustado, tratou de pousar na base de Camobi. O peão
Euclides, morto em 1981, relatou na época: “Eu
não fiz por maldade, não acreditava que pudesse pegar o aviãozinho pelas
guampas num tiro de laço”.
(Do livro “Almanaque
Gaúcho O Livro”)
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