O monstro de Tebas
Laio e a Esfinge
“O que é, o que é:
de manhã tem quatro patas,
ao meio dia duas e à noite três?”
(...)
(Laio) Chegando diante da alta
muralha da cidade, encontrou suas sete portas trancadas. Era impossível entrar em Tebas. Um monstro fazia
o terror reinar ali, recusando a passagem aos estrangeiros que não soubessem
resolver o enigma que formulava. Para quem errasse, a resposta era a morte. Ele
atirava os infelizes candidatos do alto dos rochedos...
Esse temível porteiro tinha
cabeça de mulher e corpo de leão, e suas garras eram afiadas. Chamavam-no
Esfinge. A Esfinge perguntou a Édipo:
“O que é, o que é: de manhã tem quatro patas, ao meio dia
duas e à noite três?”
Édipo não demorou para responder:
“O homem: na manhã da vida, ainda
bebê, ele engatinha; na idade madura, mantém-se sobre as duas pernas; enfim,
quando suas forças declinam, apoia-se numa bengala.”
Furiosa por ter sido derrotada, a
Esfinge se atirou do alto dos rochedos, e morreu do mesmo modo como matava suas
vítimas.
(Do livro “Contos e
Lendas da Mitologia Grega”,
de Claude Pouzadoux)
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