segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Tem tudo de jacaré!



Rapaz chega em casa fantasiado de Odalisca, com um amigo fortão, também fantasiado, só que de sultão. Estão na frente de casa aos beijos e abraços. A mãe abre a porta repentinamente.

Fala o filho, nervoso:

− Mãe, este aqui é o Lucas, meu colega de faculdade, voltamos de uma festa à fantasia, alegres, porque estamos nos socializando por tudo de bom que aconteceu conosco!

O pai, que vinha logo atrás, comenta, em voz alta:

− Isso tem rabo de jacaré; couro de jacaré, boca de jacaré; não pode ser um coelhinho branco!

*****

Homem chega em casa embriagado, terno amassado, gravata descomposta, sujo de batom.

O cara se explica:

− Amoreco, houve uma festa no escritório. Bebi além da conta. Uma colega desmaiou, fui ajudá-la, ela caiu de boca em cima de mim, me sujou todo, uma loucura!

A sogra, que ouvia tudo, disse bem alto para ele ouvir:

− Isso tem rabo de jacaré; couro de jacaré, boca de jacaré; não pode ser um coelhinho branco!

*****

O funcionário estava de olhos fechados em frente ao seu computador, no horário de serviço, tirando a maior soneca. Nisso aparece o chefão, fazendo o maior barulho.

O cara se explica:

− Chefe, estava meditando sobre os problemas do mundo, para, depois, entrar de cabeça nas tarefas que devo fazer.

O chefe fala pra ele:

− Isso tem rabo de jacaré; couro de jacaré, boca de jacaré; não pode ser um coelhinho branco!

*****

Assessor político faz saques 660 mil em 18 meses, movimentações consideradas atípicas. E outro relatório aponta R$ 1,2 milhão na conta desse assessor ao longo de 2016. E outro que reportava 48 depósitos fracionados de R$ 2 mil na conta do político para quem esse assessor trabalhava entre junho e julho de 2017. Para os promotores, “as centenas de depósitos e saques em espécie realizados de forma fracionada na mesma conta corrente” do assessor “evidencia” a suspeita de que o ex-assessor do político recebia mensalmente parte do salário dos demais assessores, e “distribuía parte do dinheiro a outros integrantes da organização criminosa”, através da prática conhecida no meio político como “rachadinha”. 

Afirmo: 

Se isso tem rabo de jacaré; couro de jacaré, boca de jacaré; não pode ser um coelhinho branco!


NSM


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