quinta-feira, 30 de junho de 2016

Histórias de repórteres esportivos



Repórter: – Substituição na equipe tal... Vai entrar Oto.
Locutor:  – Quem?
Repórter: – Oto... Eu disse Oto!
Locutor:  – Desculpe, estamos com problemas técnicos. Dá para repetir?
Repórter: – Oto... Oto... Um nome parecido com aquele hotel lá em São Paulo!
Locutor;  – Ele acabou de entrar e já recebe a bola, lá vai Comodoro...

→ Edson Leite narrava um jogo da Ferroviária, tendo como repórter volante Etel Rodrigues.

Etel:     – Atenção, Edson, substituição na Ferroviária!
Edson: – Pois não, Etel!
Etel:     – Entra Melão no lugar de Parada.
Edson: – Ô Etel, vamos acabar com essa mania de apelidos no futebol. Vamos narrar com os nomes verdadeiros dos atletas. Qual é o nome do jogador?
Etel:     – Vamos verificar na súmula e já informaremos!

O jogo corre solto, Edson é interrompido:

Etel:     – Alô, Edson!
Edson: – Fala, Etel!
Etel:     – O nome do Melão é Wilson Sori.
Edson: – Wilson... o quê?
Etel:     – Sori... esse, ó, erre, i!
Edson: – Levanta pela ponta direita Laerte... vai alçar para a área... subiu... Melão e toca para fora!

→ Para muitos a passagem seguinte aconteceu com Edson Leite, mas, na verdade, os protagonistas foram Reali Júnior e Oliveira Júnior. Jogavam Palmeiras e Noroeste de Bauru, no Parque Antárctica. Para colaborar com a grama aparada do gramado, o clube mantinha, amarrado ao alambrado, um carneiro. O bichinho soltou-se da corda que o prendia e invadiu o campo de jogo. O árbitro paralisou a partida imediatamente. O locutor Oliveira Júnior, distraído, não percebendo nada de anormal, consultou Reali:

– Partida interrompida, o que houve, Reali?
– Entrou um carneiro em campo?
– No lugar de quem, Reali?
– Um carneiro bicho, Oliveira.
Oliveira, nervoso, brada ao microfone:
– Mas você não explica, tem de esclarecer.

(Do livro “Um show de rádio – a vida de Estevam Sangirardi”,
de Carlos Coraúcci)



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