Frases soltas
Ter pai pobre, vá lá, mas sogro?!...
Prometeu, cumpriu?!...
Herrar é umano...
Você tem bom papo ou boa tireoide?!...
Afinal de contas, a Glória é ou não é passageira?!...
Se tamanho fosse documento, elefante seria o dono do
circo...
Quem encobre erro médico é a terra...
Viúvo que casa duas vezes não merece ficar viúvo...
Homem de voz fina, mulher de fala grossa e gente cortês –
fuja dos três...
Um homem só é velho quando o seu caderninho de telefones só tem
endereços de médicos...
A vida é curta, curta a vida...
Não há homem impotente. Há mulher incompetente...
Antes à tarde do que nunca...
A melhor hora de um homem: uma e um quarto...
Se você pensa que a mulher não sabe guardar segredo, pergunte
a idade dela?!...
A pessoa que escreveu essa maravilhosa frase: “Lar, doce
lar”, será que tinha sogra?!...
A mulher moderna, hoje vai à praia, usa no corpo justamente
o que faz no mar: nada...
De espetáculos
O ator cômico, indeciso, para o público:
‒ Estão realmente aplaudindo ou matando mosquitos?!...
O palhaço para a senhora que ria desbragadamente:
‒ Cuidado, madame, tem alguém que vai se sentar aí depois da
senhora!...
O ator, em cena, um tanto quanto inquieto, para uma senhora
em pé na plateia:
‒ A senhora pode se sentar agora. Todos já viram a sua capa
de pele!...
Uma atriz para a rival:
‒ É verdade que você, para subir tanto, deixou o vestido
descer outro tanto?!...
O crítico para a atriz:
‒ Eu soube que você comemorou o seu 21° aniversário. Muito
bem, antes tarde do que nunca!...
O cômico, vendo que o espectador
vai saindo antes da hora – naturalmente por não estar gostando do espetáculo –
saiu-se com esta:
‒ É por aí mesmo. Procure a porta da esquerda onde está a
letra H!...
O crítico para a cantora:
‒ Você, realmente, tem um bom
ouvido para a música. Mas, infelizmente, não tem uma boa garganta!...
O cômico, para a plateia da boate onde não havia quase
ninguém:
‒ Boa noite, mesas e garçons!...
E aquele ator, furioso, para o crítico:
‒ Se você tivesse, ainda, os seus próprios dentes, eu o
faria engolir as suas palavras...
Estava tão frio naquela noite que
a atriz que faz o “stripease”, fez o contrário: veio nua e foi se vestindo...
Estrearam o filme num Drive-In. Ninguém viu!...
‒ Você não acha que está numa
linda noite para se desperdiçá-la vendo televisão? Vamos a um cinema?!...
Frases feitas e contrafeitas
A árvore que dá sombra a uma pessoa cansada – quebra um
galho...
O piloto que ganha uma corrida de
automóvel, não completa o circuito – corta uma volta para ganhar.
O mendigo é imortal – não tem
onde cair morto.
O escafandrista desistiu de
mergulhar – tirou o corpo fora.
O coveiro disse que exumar
cadáveres faz parte do seu trabalho – são ossos do ofício...
O menino não foi ao aniversário
do amigo – deu bolo.
O dono do armazém ficou rico –
está por cima da carne seca!...
A girafa brigou com o elefante –
deu-lhe um pescoção...
O camarada perdeu a última barca
– ficou a ver navios...
O jogador disse que aquele filme
– era um chute...
Existem pessoas que só brigam nas
ruas – vão às vias de fato...
Há vendedor que, às vezes, para
vender uma cueca – sua a camisa...
À vezes a entrada dos fundos – é
a única saída...
O macaco, naquele dia, - estava
com a macaca...
O bicheiro, machucado, disse –
que deu galo na cabeça...
O alfaiate arranjou uma namorada
– sob medida.
A garota, de peruca, – estava com
cabelinho na venta...
Aquele cabeçudo disse que – não
lhe cabe a carapuça...
O oculista, despedido, ‒ foi para
o olho da rua...
Gostou tanto da operação plástica
no rosto – que ficou de queixo caído...
O dentista, entusiasmado, disse
que o cliente – ficou de boca aberta...
O oculista disse à garota, que
foi – amor à primeira vista...
Na peça, o ator que tinha o menor
papel – fez um papelão...
O jardineiro, quando briga, ‒
planta a mão na cara...
A florista comentou que aquele
freguês – não era flor que se cheire...
O boxer, delicado, ‒ beijou a
lona.
O centroavante assassino – matou
a bola no peito...
O goleiro, esfomeado, – engoliu
um frango...
Já vi padeiro – pão-duro...
Mulher – com pé-de-galinha...
Já vi fruteiro – maduro...
e costureira – sem linha...
(Do livro “Jorge
Murad – Piadas e Trovas”)
P.S. O citado livro de Jorge Murad, capa abaixo, foi conseguido em um Sebo no centro do Rio de Janeiro, na Rua do Lavradio, quase na Praça Tiradentes.
Jorge Murad nasceu em 13 de abril
de 1910, no Rio de Janeiro. Radialista, humorista consagrado, trovador, autor
de livros e de peças teatrais, além de produtor de televisão e compositor de
sambas e marchinhas, iniciou sua carreira em 1929, apresentando-se no Programa
Casé.
Animador de programas na Rádio
Clube e na Rádio Phillips, recebeu o apelido de O Sultão da Alegria, por seu
repertório de anedotas, em programas que se tornaram famosos como Fala meu
louro e Pensão do Salomão, líder de audiência na época. Autor das peças
teatrais Carioca da gema, Rumo à Turquia e Dois boêmios do outro mundo,
escreveu também vários livros humorísticos como Salada de risos, Salomão a
varejo e Anedotas de guerra, tendo sido, por esse último, laureado com a Cruz
de Guerra, durante a Segunda Guerra Mundial. No cinema nacional atuou em filmes
como: Alô, alô, Brasil, Alô, alô, carnaval e Banana da terra.
Faleceu no dia 25 de abril de 1998, no Rio de Janeiro.
A coleção Jorge Murad é composta
por um grande volume de fotografias e documentos textuais, objetos
tridimensionais, que incluem placas comemorativas, troféus e medalhas, além de
discos e documentos bibliográficos.
Os textos desse Almanaque Sempre muito bem selecionados, tem textos para todos os gostos,neste momento, apesar de ter lido quase todos, me distraia com o bom humor de Murad
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