Vai-te preparando para viver um mundo sem Correios. Eles estão a descair tanto com problemas financeiros que provavelmente não há maneira de os aguentar por muitos mais anos. O e-mail, FedEx, Facebook e SMS, têm praticamente dizimado as cartas, que é como quem diz a receita mínima necessária para manter os Correios a funcionar. O pouco do que ainda recebemos pelo correio, todos os dias, não passa de ”lixo” e contas.
02. O cheque
03. O jornal
A geração mais jovem simplesmente não
lê o jornal. Eles certamente não se deslocarão a um quiosque para procurar um
jornal impresso. Foi o que já aconteceu com o leiteiro e o padeiro. Quanto ao
ler o jornal on-line, preparem-se para ter de pagar por isso. O aumento dos
dispositivos móveis com Internet e e-readers, tem motivado todos os jornais e
editoras de revistas para criar alianças. Eles reuniram-se com a Apple, Amazon,
e outras grandes empresas de telefonia móvel para desenvolver um modelo de
serviços de assinatura paga
04. O livro
Vocês podem dizer que nunca vão
desistir do livro físico, que seguramos na mão enquanto lemos e vamos virando
as páginas. Eu disse a mesma coisa sobre o download de música do iTunes. Eu
queria que o meu CD tivesse cópia impressa. Mas eu rapidamente mudei de ideias
quando descobri que poderia obter os álbuns pela metade do preço, sem sair de
casa, para conseguir os últimos êxitos. A mesma coisa está a acontecer com os
livros. Hoje já podemos navegar nas livrarias on-line, e até mesmo ler um
capítulo pré-visualizado antes de comprar. E o preço é menos da metade do de um
livro em papel. É só pensar na conveniência! Assim que começares a passar os
dedos pelo ecrã, em vez do livro, vais entrar na história como se fizesses
parte dela, e a desejar mais ver o que acontecerá a seguir, esquecendo logo de
que estás a segurar um gadget em vez de um livro.
05. O telefone fixo
Já hoje não precisamos do telefone
fixo. A maioria das pessoas ainda o mantém simplesmente porque sempre o
tiveram. Até a própria Telecom aproveita a linha do telefone mais para
serviços, como o da televisão, do que para o telefone. Inclusive todas as
empresas de telemóveis oferecem serviço fixo gratuito porque ele já é inexpressivo.
Esta é uma das partes mais tristes da
história da mudança. A indústria discográfica está a definhar de morte lenta. E
não é só por causa de downloads ilegais. É a falta de oportunidade para a nova
música inovadora chegar às pessoas que gostariam de ouvi-la. A ganância e a
corrupção é que é o problema. As gravadoras e os conglomerados de rádio estão simplesmente
a autodestruir-se. Mais de 40% das músicas compradas hoje são "Anexos dos
Catálogos", o que significa música tradicional, com a qual o público está
familiarizado. Os artistas mais antigos e consagrados. Isto também é verdade no
circuito de concertos ao vivo.
As receitas dos canais televisivos
têm caído drasticamente. Não apenas por causa da crise. As pessoas estão a
preferir assistir a televisão e filmes a partir dos seus computadores. E, ao
mesmo tempo, elas jogam e fazendo muitas outras coisas, que ocupam o tempo que
costumava ser gasto assistindo a ver televisão. Programas do horário nobre
descambam abaixo do menor denominador comum. A publicidade roda a cada 4
minutos e 30 segundos. Eu digo boa viagem para a maior parte de tudo isso. Está
na hora das empresas do cabo serem postas de fora da nossa miséria. Deixem as
pessoas escolherem o que querem assistir on-line através do Netflix.
08. As coisas que hoje usamos
Muitos dos bens que usamos e
possuímos já não poderemos realmente possuí-los no futuro. Eles podem simplesmente
ficar na "nuvem ". Hoje os nossos computadores ainda têm um disco
rígido, onde guardamos as nossas fotos, músicas, filmes e documentos. O
software está num CD ou DVD, sempre podemos reinstalá-lo, se for necessário.
Mas tudo isso está a mudar. Os serviços de internet oferecem "serviços em
nuvem" gratuitos Isso significa que assim que ligamos o computador, a
Internet é incorporada ao sistema operativo. Assim, se clicar num ícone, ele
vai abrir algo na Internet. Se guardar alguma coisa, ela será salva na nuvem. Neste
mundo virtual, podemos aceder à nossa música, ou aos nossos livros, ou qualquer
coisa do gênero, a partir de qualquer computador portátil ou dispositivo móvel.
Não é porque as coisas estejam mais seguras, mas porque essa é a realidade do
futuro.
Se já houve um conceito, com que
podemos olhar para trás com nostalgia, é o da privacidade. Isso já acabou. Ela
foi-se já há muito tempo, de qualquer maneira. Vivemos a era do
"big-brother". Há câmaras nas
ruas, na maior parte dos edifícios, e até mesmo no nosso computador e
telemóvel. E vocês podem ter certeza que funcionam 24 horas por dia, 7 dias na
semana, "Eles" sabem quem és e onde estás, até as coordenadas GPS, e
o Google Street View. Se comprarem alguma coisa, isso é colocado num trilhão de
perfis, e passam a receber anúncios refletidos essa escolha. Neste momento é
possível conferir todos os teus passos, desde que te levantas até que te
deitas, documentando-os em filmes ou fotografias.
Tudo o que temos perdido e que não
pode ser alterado são as "Memórias"... E mesmo essas, provavelmente,
o Alzheimer nos vai tirar também! O futuro já é hoje…
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