Os pratos descritos
por seus escritores preferidos dizem muito mais do que você imagina.
Como água para chocolate
Laura Esquiavel.
→ O humor da personagem principal
reflete no gosto de seus alimentos, podendo causar situações constrangedoras.
Sob o pano de fundo da Revolução Mexicana, a escritora dá pistas do contexto
por meio da alimentação de suas personagens;
O corpo
Stephen King
→ Nesta narrativa do livro Quatro estações, a pitoresca competição
de quem come mais torta de uvas ocasionou uma série de vômitos que imortalizou
o conto do escritor. A história acontece em 1959, período em que eram muito
comuns essas competições pelos estados do interior americano.
Dona Flor e seus dois maridos
Jorge Amado
→ Dona Flor dava aula de
culinária para as mulheres da alta sociedade baiana. Por isso, os pratos
citados no livro nos mostram como eram os hábitos alimentares boêmios da Bahia
dos anos 1940.
Noite na taverna
Álvares de Azevedo
→ Ao transportar o seu apreço
pela bebida para a história, o escritor cita o vinho quase 40 vezes. Diz a
lenda que ele bebia vinho dentro de um crânio roubado do antigo Cemitérios dos
Aflitos, onde aconteciam reuniões da Sociedade Epicureia, grupo formado por
Azevedo, Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa.
No caminho de Swann
Marcel Proust
→ O ato de levar o doce madeleine à boca faz o personagem
mergulhar em um emaranhado de memórias da infância. Segundo o escritor, o
paladar tem função de convocar o passado. E o bolinho se tornou mais do que um
gatilho de lembrança, sendo personagem importante da obra.
(Da Revista da
Cultura – outubro de 2013 –
na matéria Os talheres da Literatura, de Denise
Godinho)
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