Benjamin Chaves, (Pará de Minas,
11 de junho
de 1870
− Rio de Janeiro, 30 de maio
de 1954)
mais conhecido como Benjamin de Oliveira, foi um artista,
compositor,
cantor,
ator e palhaço
de circo
brasileiro.
Ele é mais conhecido por ser o primeiro palhaço negro do Brasil.
Além de ser o idealizador e criador do primeiro circo-teatro. O sobrenome
“Oliveira” veio após se inspirar no nome de seu instrutor, Severino de
Oliveira.
Negro forro,
sua alforria e de seus irmãos veio após nascerem, já que Leandra era
considerada escrava de estimação.
Seu pai, trabalhava buscando escravos fugitivos, que deixavam o trabalho da
fazenda para terem liberdade.
Aos 12 anos, Benjamin fugiu de
casa ainda criança com a “troupe” do circo Sotero, que passava na cidade, onde
atuou como trapezista e acrobata. Três anos após, ele decidiu escapar, já que
era espancado pelo dono do circo. Já fora do Sotero, ele encontrou com ciganos que queriam lhe vender, fazendo com que ele escape novamente. Nesta fuga, ele
acabou encontrando com um fazendeiro, que alegou que ele seria um escravo
fugitivo. Benjamin para ser liberado teve que fazer algumas das acrobacias que
ele havia aprendido no circo.
Depois de passar por vários
outros circos, ele substituiu o palhaço titular do circo onde trabalhava que
havia adoecido e que não havia ninguém para substituí-lo. Na sua primeira
apresentação o público não gostou de sua apresentação, rejeitando-o. Depois,
trabalhou em outros circos passando por várias cidades, em especial no circo
Caçamba no Rio de Janeiro onde o então presidente da república Marechal Floriano Peixoto estava presente.
Surpreso com a apresentação de Benjamin e com a ideia de Manuel Gomes – dono do
circo; o presidente transferiu o circo da que era situado na favela
para a frente do Palácio do Itamaraty, na Praça da
República. A partir dali, os materiais usados pela trupe eram transportados
pelo Exército Brasileiro.
Escreveu diversas peças de
sucesso, entre as quais, O Diabo e o Chico, Vingança Operária, Matutos na
Cidade e A Noiva do Sargento. Atuou também como cantor, nos entreatos,
executando ao violão lundus, chulas e modinhas, principalmente as de seu amigo Catulo da Paixão Cearense.
Em agosto de 1908, protagonizou
no papel de Peri a peça O Guarani em que foi filmado no circo Circo Spinelli e
lançado sob o nome Os Guaranis, inspirado na obra de José de Alencar. O filme foi a primeira filmagem
de um filme de romance na época e foi lançado pela Photo-Cinematographica Brasileira. Em 1921, criou a
revista Sai Despacho!.
Em 1941, ele havia pedido auxílio
de passagens e transporte para 46 pessoas para uma excursão em Belo
Horizonte, Minas Gerais. O pedido foi feito em dois meses
sendo negado em todos os três pedidos. Em 1947, devido a pressão feita pelos
jornalistas a Câmara dos Deputados, ele passou a receber pensão do governo.
Em entrevista a Brício de Abreu, em 1947, descreveu o circo em
que trabalhou, por volta de 1885:
“Em Mococa,
encontrei um grupo trabalhando. O chefe do elenco se chamava Jayme Pedro
Adayme. Era um norte-americano (...) trabalhávamos em ranchos de taipa,
cobertos com panos velhos. Cada vez que mudávamos de cidade, vendíamos a parte
da madeira e levávamos apenas a parte do pano em lombos de burro (...)
Andávamos por terra de cidade em cidade, de vila em vila. Raramente
conseguíamos um carro de boi. Quase sempre em lombo de burro.”
Benjamin acabou falecendo em 3 de maio de 1954 no Rio de janeiro, RJ.
Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre.
Alegoria feita como
lembranças do palhaço-cantor
Benjamim de Oliveira,
cercado por quatro tipos por ele criados.
Benjamim de Oliveira, o primeiro
palhaço negro do Brasil, será tema do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro para o
Carnaval de 2020, no Rio de Janeiro.
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