Max Gerhinger
Existem cinco estágios em uma carreira.
O primeiro é aquele em que um
funcionário precisa usar crachá, porque quase ninguém na empresa sabe o nome
dele.
No segundo, o funcionário começa a
ficar conhecido dentro da empresa e seu sobrenome passa a ser o nome do
departamento em que trabalha. Por exemplo, Heitor de contas a pagar.
No terceiro, o funcionário passa a
ser conhecido fora da empresa e o nome da empresa se transforma em sobrenome. Heitor
do banco tal.
No quarto, é
acrescentado um título hierárquico ao nome dele: Heitor, diretor do banco tal.
Finalmente, no quinto, vem a
distinção definitiva. Pessoas que mal conhecem o Heitor passam a se referir a
ele como “o meu amigo Heitor, diretor do banco tal”.
Esse é o momento em que uma pessoa se
torna, mesmo contra sua vontade, em “amigo profissional”.
Existem algumas
diferenças entre um amigo que é amigo
e um amigo profissional.
e um amigo profissional.
Amigos que
são amigos trocam sentimentos.
Amigos
profissionais trocam cartões de visita.
Uma amizade
dura para sempre.
Uma amizade profissional é uma
relação de curto prazo e dura apenas enquanto um estiver sendo útil ao outro.
Amigos de
verdade perguntam se podem ajudar.
Amigos
profissionais solicitam favores.
Amigos de
verdade estão no coração.
Amigos
profissionais estão em uma planilha.
É bom ter
uma penca de amigos profissionais.
É isso que, hoje, chamamos
networking, um círculo de relacionamentos puramente profissional. Mas é bom não
confundir uma coisa com a outra.
Amigos
profissionais são necessários.
Amigos de
verdade, indispensáveis.
Algum dia, (e esse dia chega rápido),
os únicos amigos com quem poderemos contar serão aqueles poucos que fizemos
quando amizade era coisa de amadores.
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