Professora Etelvina e suas pílulas de sabedoria instantânea
Fulano de Tal é o nome genérico que se dá a alguém incerto e não sabido. Fulanos somos todos nós, ou cada um de nós. A palavra original é hebraica – fuluni – e significava “um, dentre muitos”. O primeiro dos fulanos aparece já no Velho Testamento: “Fulano, vem assentar-te aqui” (Livro de Ruth, 4:1). Os árabes modificaram a grafia para fulan, os espanhóis adotaram o Fulán no século XVI. E foi daí que veio o português Fulano. Mas cada país do mundo tem seus próprios fulanos, com nome e sobrenome. O nosso é o Zé Ninguém, ou o Zé Povinho, ou o Zé da Silva. Aqui estão seus ilustres colegas.
África do Sul: Piet Pompies Alemanha: Hans Mustermann América Latina: Juan Perez Austrália: Fred Nerk Áustria: Hans Maier Bósnia: Marko Markovic Brasil: Zé da Silva, Zé Ninguém Bulgária: Ivan Ivanov Canadá: John Jones Chile: Penco de Los Palotes Croácia: Pero Peric Estônia: Jaan Taam Estados Unidos: John Doe |
Finlândia: Matti Meikäläinen França: Jean Dupont Hungria: Pista Jóska Inglaterra: Joe Bloggs Islândia: Jón Jónsson Índia: Aira Gaira Itália: Pinco Pallino Japão Taro Yamada Lituânia: Vardenis Pavardenis Noruega: Ola Nordmann Polônia: Jan Kowalski Romênia: Ion Popescu Suíça: Herr Schweizer |
Com tanta gente fazendo tudo para ganhar alguns minutos de fama, é curioso – e até reconfortante – saber que as pessoas mais mencionadas no mundo na verdade não existem.
A professora Etelvina está semanalmente nas páginas da revista Época, para brindar os leitores com seu saber enciclopedicamente inútil.
(Época de 11 de setembro de 2006)
Nenhum comentário:
Postar um comentário