Bancos
da praia - O Globo
Melhor que alcovas, onde,
egoisticamente, o amor se oculta. Bancos da praia - feira de gestos lúbricos ou
mercado de atitudes loucas! Bancos da praia - tribuna de beijos e exposição de esfregações!
Bancos da praia - paraíso dos amantes, sepultura da polícia!
Banhos
de mar
Comecei com eles. Armo a barraca
rubro-negra (Linda!) ali no Posto Zero, ao lado do Mariozinho de Oliveira.
Companheiros: ele, o comandante Niemeyer (Nini) e o Játobá. O Mariozinho tem um
apito. Duas sopradas - gelo, três, - gim tônica, quatro - alguns frios gelados.
Quem traz é o seu empregado que fica no último andar de um arranha-céu. De meio
dia às cinco, despachamos ali mesmo. Às vezes aparece o Catramby (quando não
está gripado).
Aviso
importante
Quando estou matando o tempo num bar,
só vou ao piano quando quero. Não estou ali para divertir ninguém. De forma
que, por favor, não insistam para que eu toque. É horrível!
Embevecimento
Resido quase no cocuruto de uma
colina, ali no Leme. Não raro, quando chego em casa, por volta da madrugada,
ainda consigo ouvir a cantoria mística de um culto afro-brasileiro que há lá
mais pra cima do morro. Então, fico escutando aquilo, embevecido, durante muito
tempo. Depois vou dormir como um santo...
Vou
todo
Amanhã irei a uma gafieira. Preciso
ir. Preciso ver aqueles pares sambando. O "mestre-sala" manobrando. O
trombone chorando. A cerveja entornando. Os cabelos esticados brilhando.
Quando, periodicamente, dava um pulo no "Elite", era mais compositor
e compreendia melhor o sentido exato do "samba com telecoteco". A
música de boate convida à melancolia. A música de gafieira espanta as mágoas e
é mais Brasil! Vou lá. Mas, vou todo!... Depois te conto.
Copacabana
ensolarada
O verão está chegando. As montanhas
amanhecem lavadinhas de sereno. O céu anda completamente bonito. O horizonte
afastou-se para dar mais oceano à gente. Copacabana entregou-se de corpo e alma
ao velho Sol. Os "brotos" estão brotando de todos os lados. Os
"golfinhos" também. Quem mais se alegra com a chegada do verão são os
donos dos bares e restaurantes, porque tiram o ventre da miséria. Bem
entendido: os da orla da praia.
Os
dez maiores sambas, na opinião de Ary Barroso
- Gosto que
me enrosco - de Sinhô
- Amélia - de Ataulfo Alves e Mário Lago
- Feitiço da Vila - de Noel Rosa e Vadico
- Favela - de Heckel Tavares e Joracy Camargo
- Iaiá de Ioiô - de Luiz Peixoto e Henrique Vogeler
- Nervos de Aço - de Lupicínio Rodrigues
- Agora é Cinza - de Bidê e Marçal
- Se você jurar - de Nilton Bastos, Ismael Silva e Chico Alves
- A fonte secou - de Monsueto
- Deixa esta mulher chorar - de Brancura
- Amélia - de Ataulfo Alves e Mário Lago
- Feitiço da Vila - de Noel Rosa e Vadico
- Favela - de Heckel Tavares e Joracy Camargo
- Iaiá de Ioiô - de Luiz Peixoto e Henrique Vogeler
- Nervos de Aço - de Lupicínio Rodrigues
- Agora é Cinza - de Bidê e Marçal
- Se você jurar - de Nilton Bastos, Ismael Silva e Chico Alves
- A fonte secou - de Monsueto
- Deixa esta mulher chorar - de Brancura
Por favor, corrijam:Alcebíades Maia Barcelos é o BIDE,um dos autores de famoso samba Agora é Cinza e não BIDÊ.Pega mal chamar o parceiro de Marçal de Bidê.Obrigado
ResponderExcluirEstá correta sua observação. Alcebíades Maia Barcelos tinha por apelido Bide, com ênfase na sílaba "Bi" e não Bidê com foi transcrito de um site da internet.
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