sábado, 12 de dezembro de 2020

O genro

 

O cara estava bebendo cerveja e vendo TV na sala, vigiando a filhinha de 17 anos que namorava na varanda. Sono chegando, cerveja fazendo efeito, ouvido começa a coçar e o babaca começa a cutucar ouvido com um amendoim (bêbado faz cada merda...), até que a casca do amendoim quebra e o caroço de amendoim entala no ouvido. O cara fica desesperado, começa a tentar tirar o amendoim com o dedo e empurra mais pra dentro! Pega uma tampinha de caneta Bic e merda! − o amendoim entrou mais ainda. Nisso o sujeito já estava louco, gritando, chamando a mulher, que veio correndo, apavorou e já queria levar o marido bêbado para Hospital, o cara não queria − que mico!

 Sou um cara de posição, não posso me expor ao ridículo, etc.

A filha e o namorado entram na sala pra ver o que estava acontecendo. A filha:

− Pai, que é isso! Que vergonha!

O gaiato (namorado da filha):

− Calma, que eu dou um jeito! Quando era escoteiro, eu que socorria os amigos!

O entalado, que estava sem graça, apavorado, e agora puto com aquele sujeitinho dando palpite, acabou aceitando ajuda (deixa ele tentar, que pior não pode ficar! Ou isso ou ir para o Pronto Socorro). O sujeitinho mete dois dedos no nariz do marmanjo, e diz:

− Fecha a boca e sopra pelo nariz com bastante força!

E não é que o maldito amendoim saiu do ouvido? O namoradinho sai todo convencido, a filha toda apaixonada, e a mulher, encantada com o eficientíssimo rapaz, diz pro marido:

− Viu que gracinha? Tão calmo, tão controlado nas emergências... O que será que ele vai ser?  Será médico?

E o marido, cada vez mais puto, responde:

 Pelo cheiro dos dedos, ou ele vai ser nosso genro ou ele morre!*

*Outra versão da última frase:

 − Acho que esse safado, se for médico, vai ser ginecologista!

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