segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Teoria das janelas quebradas

 

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Segundo a teoria das janelas quebradas: dois criminologistas americanos, James Wilson e George Kelling, são os pais dessa tese. Se um prédio com janelas quebradas, por exemplo, não receber novas janelas em breve, a tendência é de que os vândalos apedrejem mais janelas. E depois invadam o edifício. E talvez até botem fogo nele. 

Outro exemplo: se ninguém recolher o lixo de uma calçada, as pessoas se sentirão autorizadas a largar bitucas* ali, outras porcarias vão aparecer e, depois de um tempo, estaremos levando sacos de lixo para lá. Ou seja, desordem gera desordem. E qualquer contravenção (como vandalismo ou depósito irregular de lixo) pode dar origem a outras (como consumo de drogas, furto ou assassinatos). 

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Em tese, o dono do espaço público somo nós. Quando estamos presentes, portanto, o local se torna mais seguro e habitável. Quando estamos ausentes, o certo seria o poder público manter a vigília − pagamos imposto para isso. Mas não dá para contar com essa premissa. Até porque, melhor que uma prefeitura fazendo tudo, é uma população dando orgulho à cidade. 

(Da coluna Perimetral, de Paulo Germano, em Zero Hora) 

*Bitucas: tocos de cigarros. 

Criada na Universidade de Stanford (EUA) pelos criminologistas James Wilson e George Kelling a “Broken Windows Theory” ou em português a Teoria das Janelas Quebradas é uma espécie de modelo de combate e controle da criminalidade. 

Milita esta teoria a repressão de todos os delitos sejam eles de pequeno ou grande potencial ofensivo, cobrando do estado atuação no combate a criminalidade, dando fundamento à Política Criminal de Tolerância Zero. 

Psicólogos sociais e policiais tendem a concordar que, se uma janela de um prédio for quebrada e deixada sem conserto, todo o resto das janelas será quebrado em breve, escreveram Wilson e Kelling.



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