Pode ser muito mais do que um simples berro, por mais alto que seja. Também significa clamor, invocação. O grito de D. Pedro I proferido às margens do Ipiranga foi um marco na história do Brasil. O Barão de Pindamonhangaba, que lá estava, assim descreveu o momento em que ecoou o Grito da Independência:
Vinha o príncipe na frente. Vendo-o
voltar-se para o nosso lado, saímos ao seu
encontro. Diante da guarda, que descrevia
um semicírculo, estacou o seu animal e, de
espada desembainhada, bradou:
“Amigos! Estão, para sempre, quebrados
os laços que nos ligavam ao governo
português! E, quanto aos topes daquela
nação, convido-os a fazer assim”. E,
arrancando do chapéu que ali trazia a fita
azul e branca, a arrojou no chão, sendo
nisto acompanhado por toda a guarda que,
tirando dos braços o mesmo distintivo,
lhe deu igual destino.
“E viva o Brasil livre e independente!”,
gritou D. Pedro. Ao que, desembainhando
também nossas espadas, respondemos:
“Viva o Brasil livre e independente!
Viva D. Pedro, seu defensor perpétuo!”
E bradou ainda o príncipe:
“Será nossa divisa de ora em diante:
Independência ou morte!”.
Por nossa parte, e com o mais vivo entusiasmo,
repetimos: “Independência ou morte!”.
Do livro:
“Eduardo Bueno Dicionário da Independência 200 anos
em 200
verbetes”
Laços
Depois do célebre grito de “Independência ou morte!”, D. Pedro ordenou à sua guarda “laços fora”, tirando do chapéu e jogando ao chão o tope português. Ao mesmo tempo, todos os presentes arrancaram e alguns cortaram em pedaços os laços azuis que tinham no braço esquerdo. O príncipe então anunciou: “Doravante traremos todos outros laços de fita verde e amarela, e essas serão as cores do Brasil”. Até hoje se usa a expressão “romper os laços” quando pessoas ou países rompem relações.
Séquito
Grupo
que acompanha uma pessoa importante para honrá-la ou servi-la. Em 14 de agosto
(1822), o séquito que partiu com D. Pedro I na viagem que culminaria na
Proclamação da Independência era composto por sete homens: Luís de Saldanha da Gama, ministro e secretário de Estado, acompanhava o príncipe para expedir
ordens e despachos; João de Castro Canto e Melo, pai de Domitila de Castro
Canto e Melo, amigo pessoal de D. Pedro; Francisco Gomes da Silva, o Chalaça,
amigo e secretário de D. Pedro; os cavaleiros João de Carvalho Raposo e João
Carlota, o padre Belchior e o tenente-coronel Joaquim Aranha
(Do livro citado acima)
Quando alguém tira um tempo do seu dia, para proporcionar conhecimento,entretenimento nos proporcionando um alento no momento difícil para todos,só nos resta agradecer ao ACB.
ResponderExcluirObrigado.
Esperança e muita saúde para 2021
E bem esse o propósito deste almanaque, fazer que, com pequenos textos, as pessoas reflitam e sejam felizes.
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