Mário Goulart
Um blefe que
não deu certo, segundo Peter Gammond
no Manual do blefador.
Deus perguntou a Caim onde andava seu
irmão. Caim, que acabara de matar Abel, usou uma das técnicas preferidas dos
blefadores, de responder uma pergunta com outra.
-
Porventura sou eu guardião de meu irmão?
Era uma boa
resposta, mas não funcionou. Gammond:
“Mesmo o mais experimentado dos
blefadores não pode esperar sair-se bem quando se defronta com uma
Onisciência.”
A cor era
sua obsessão, confessou o pintor Claude
Monet ao Georges Clemenceau:
- A tal ponto que um dia,
encontrando-se ao leito de morte de uma mulher que era muito querida minha, me
dei conta de que estava prestando atenção na têmpora dela e automaticamente
analisando a sucessão de cores apropriadamente matizadas que a morte estava
impondo em sua face sem movimento.
Paulo Hecker Filho escreveu uma crítica
sobre o livro do poeta Carlos Nejar:
“Isto não é
poesia.”
Carlos Nejar
escreveu a resposta ao crítico Paulo Hecker:
“Isto não é
crítica.”
O técnico Osvaldo Brandão reclamou de Garrincha
de sua desatenção às preleções que antecediam as partidas. Garrincha:
- Chefe é só levantar a cabeça que a gente vê tudo. E aí
a gente dá um jeito.
Mário
Quintana contava que num congresso em Florianópolis havia 600 poetas novos.
Perguntaram-lhe que fazer para melhorar a poesia do Brasil. Ele:
- Não publicar.
Perguntaram a Louis Armstrong o que era jazz.
- Jazz? Se você precisa perguntar, então não vai saber nunca...
Ernani
Ssó comentou a Guerra dos Farrapos:
“O Rio Grande do Sul tem um orgulho
muito estranho. Comemora até guerra que perdeu.”
Opinião, Marilyn Monroe tinha:
- Eu tenho uma ótima
cabeça. Não há nada dentro dela, é claro, mas é uma ótima cabeça.
O consumidor de vinho, haxixe e ópio Charles Baudelaire avisou:
- É inútil que tratador de gado tome a droga. Sonhará
apenas com pastos e bois.
Para a atriz brasileira Eva Wilma, sua hora tinha afinal
chegado:
- Fechei a fábrica de
filhos e abri o parque de diversões.
Segundo o escritor gaúcho Armando Coelho Borges, uma cigana leu
sua mão:
- Tens futuro.
E ensinou como:
- Basta que registres o
copyright deste pseudônimo: Luís
Fernando Veríssimo.
É do próprio fundador, Amador Aguiar, o apelido dado ao então
insignificante Bradesco em 1943.
“Banco Brasileiro dos Dez Contos, se
há.”
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