sábado, 31 de maio de 2014

Humor VIP-2

Mário Goulart

Um blefe que não deu certo, segundo Peter Gammond no Manual do blefador.
Deus perguntou a Caim onde andava seu irmão. Caim, que acabara de matar Abel, usou uma das técnicas preferidas dos blefadores, de responder uma pergunta com outra.
- Porventura sou eu guardião de meu irmão?
Era uma boa resposta, mas não funcionou. Gammond:
“Mesmo o mais experimentado dos blefadores não pode esperar sair-se bem quando se defronta com uma Onisciência.”

A cor era sua obsessão, confessou o pintor Claude Monet ao Georges Clemenceau:
- A tal ponto que um dia, encontrando-se ao leito de morte de uma mulher que era muito querida minha, me dei conta de que estava prestando atenção na têmpora dela e automaticamente analisando a sucessão de cores apropriadamente matizadas que a morte estava impondo em sua face sem movimento.

Paulo Hecker Filho escreveu uma crítica sobre o livro do poeta Carlos Nejar:
“Isto não é poesia.”
Carlos Nejar escreveu a resposta ao crítico Paulo Hecker:
“Isto não é crítica.”

O técnico Osvaldo Brandão reclamou de Garrincha de sua desatenção às preleções que antecediam as partidas. Garrincha:
- Chefe é só levantar a cabeça que a gente vê tudo. E aí a gente dá um jeito.

Mário Quintana contava que num congresso em Florianópolis havia 600 poetas novos. Perguntaram-lhe que fazer para melhorar a poesia do Brasil. Ele:
- Não publicar.

Perguntaram a Louis Armstrong o que era jazz.
- Jazz? Se você precisa perguntar, então não vai saber nunca...

Ernani Ssó comentou a Guerra dos Farrapos:
“O Rio Grande do Sul tem um orgulho muito estranho. Comemora até guerra que perdeu.”

Opinião, Marilyn Monroe tinha:
- Eu tenho uma ótima cabeça. Não há nada dentro dela, é claro, mas é uma ótima cabeça.

O consumidor de vinho, haxixe e ópio Charles Baudelaire avisou:
- É inútil que tratador de gado tome a droga. Sonhará apenas com pastos e bois.

Para a atriz brasileira Eva Wilma, sua hora tinha afinal chegado:
- Fechei a fábrica de filhos e abri o parque de diversões.

Segundo o escritor gaúcho Armando Coelho Borges, uma cigana leu sua mão:
- Tens futuro.
E ensinou como:
- Basta que registres o copyright deste pseudônimo: Luís Fernando Veríssimo.

É do próprio fundador, Amador Aguiar, o apelido dado ao então insignificante Bradesco em 1943.
“Banco Brasileiro dos Dez Contos, se há.”


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