Robert Strand
O abastado barão inglês Fitzgerald
tinha apenas um filho, que, evidentemente, era seu maior tesouro, o centro de
suas afeições, o foco da atenção de sua pequena família.
O filho cresceu, mas, quando ele
estava entrando na adolescência, sua mãe morreu, deixando pai e filho sozinhos.
Fitzgerald sofreu muito a perda da esposa, mas dedicou sua vida para cuidar do
filho. Com o passar do tempo, o filho contraiu uma doença grave e morreu antes
de completar 20 anos. Nesse meio-tempo, a fortuna de Fitzgerald aumentou
sensivelmente. Ele havia usado grande parte de sua fortuna na compra de obras
de arte dos grandes “mestres” da pintura.
Após alguns anos, Fitzgerald adoeceu
e morreu. Um pouco antes de sua morte, ele preparou cuidadosamente um
testamento, incluindo instruções explícitas sobre a distribuição de sue bens.
Toda a sua coleção de quadros deveria ser vendida em leilão. Em razão da
quantidade e qualidade daquelas obras de arte, avaliadas em milhões de libras
esterlinas, o leilão atraiu uma multidão de possíveis compradores, todos
demonstrando grande interesse. Entre eles, havia vários curadores de museus e
colecionadores particulares, ávidos por dar seus lances.
Os quadros foram expostos para
visitação antes do inicio do leilão. No meio deles, houve um que recebeu pouca
atenção. Além de ser de qualidade inferior, foi pintado por um artista da
cidade, desconhecido pelo público. Era o retrato do único filho de Fitzgerald.
Quando chegou o início do leilão, o
leiloeiro pediu a atenção dos presentes. Antes que os lances fossem feitos, o
advogado leu o testamento de Fitzgerald, onde havia instruções que diziam que o
primeiro quadro a ser leiloado deveria ser o de “meu amado filho”.
Por ser de qualidade inferior, o
quadro não recebeu nenhum lance... ou melhor, recebeu apenas um! O único a dar
o lance foi um velho criado da casa que conheceu o filho e o amava muito. O
lance foi dado por motivos sentimentais. Ele comprou o quadro por menos de uma
libra esterlina.
O leiloeiro interrompeu o leilão e
pediu ao advogado que continuasse a leitura do testamento. Diante do fato
inusitado, o público silenciou. O advogado leu estas palavras diretamente do
testamento de Fitzgerald: “Quem comprar o
quadro de meu filho ficará com a minha coleção inteira. O leilão está
encerrado!”
(Do livro “Histórias
para o coração 2” ,
de Alice Gray, organizadora)
Nenhum comentário:
Postar um comentário