Charles Stewart Rolls e Henry
Royce
Charles Rolls e Henry Royce
Os primeiros Rolls Royce
Em 1899, o ilustre Charles Stewart
Rolls, 22 anos, foi advertido pela polícia de Londres por estar “dirigindo
furiosamente” e por ter impedido um homem com uma bandeira vermelha de andar à
frente de seu carro para alertar os pedestres, como a lei exigia. O ano de
1900, no entanto, anunciou uma nova era. O limite de velocidade foi aumentado
de 6/5 para 19 km
por hora, e o bandeirinha foi retirado dos estatutos. Quando o duque e a
duquesa de York (depois George V e a rainha Maria) chegaram à casa de lorde
Llangattock, em Sussex, foi o filho dele, o jovem Rolls, quem os levou de carro
para uma volta em seu novo reluzente Panhard.
Não se menciona nos
relatos daquele dia a maneira como os passageiros reais foram sacudidos pela vibração
do motor e ensurdecidos pelo barulho do escapamento. As imperfeições do Panhard
eram uma fonte de angústia constante para Rolls, e logo depois, quando ele
estabeleceu uma aristocrática revenda de automóveis no West End de Londres,
lamentou que os carros que vendia fossem, ainda que os melhores disponíveis,
desconfortáveis, não confiáveis e ingleses. Carros ingleses eram abomináveis.
Exceto, talvez, por um que estava sendo
construído no norte. Lá, um certo Frederick Henry Royce projetara sair da
abjeta pobreza para a bem-sucedida fabricação de dínamos e guindastes
elétricos. Ele era também o proprietário de um ineficiente Decauville, e
prometera a si mesmo construir um carro que funcionasse. Tinha em mente um
modelo de dez cavalos-vapor e dois cilindros, para o qual continuava a projetar
melhorias. Rolls soube disso; poderia Royce ir a Londres falar com ele? Perdão,
Royce estava ocupado, mas ficaria feliz se pudesse encontrar Rolls em
Manchester.
A aristocracia natural dos gênios
falou mais alto: Rolls tomou o trem para o norte. Eles se encontraram no saguão
do hotel Midland, no início de maio de 1904. A dicção proletária bateu de frente com a
inflexão de Cambridge, mas eles falavam a mesma língua; além disso, gostaram um
do outro. Depois do almoço, decidiram dar uma volta. O novo carro avançou
suave, silencioso; nada fez barulho, nada quebrou. Era o melhor carro do mundo.
Logo, logo o mundo saberia disso.
(Do livro “Primeiros
encontros”,
de Nancy Caldwell Sorel e Edward Sorel)
de Nancy Caldwell Sorel e Edward Sorel)
Charles Rolls e Henry Royce
Rolls Royce, modelo
clássico
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