domingo, 10 de fevereiro de 2019

O último discurso de Martin Luther King

Em 3 de fevereiro de 1968


“Eu estive no topo da montanha”
  
Em Memphis, no Tennessee, EUA, foi assassinado em 04.04.1968, com 37 anos, o Reverendo Martin Luther King. Ele estava hospedado no Lorraine Motel, na varanda do seu apartamento, preparando-se para comparecer a um evento, quando o atirador James Earl Ray, de uma janela do outro lado da rua, atingiu-o no pescoço. Esse motel, hoje, é um museu e, na sacada do quarto, há uma coroa de flores, simbolizando o martírio.

Assim conta a história: mesmo tendo sido aconselhado a não viajar por causa de possível atentado, ele decidiu ir a Memphis para apoiar uma greve dos garis da prefeitura. Na véspera, 03.05.1968, fez uma pregação em um templo batista, considerada como seu segundo melhor discurso, depois do famoso “Eu tenho um sonho”, proferido cinco anos antes em Washington. Concluiu a fala com as seguintes palavras premonitórias:

“Bem, não sei o que acontecerá agora. Dia difíceis virão (Amém). Mas não me importa. Pois eu estive no topo da montanha (sim). E não me importo. Como qualquer pessoa, gostaria de viver uma vida longa. A longevidade tem o seu lugar. Mas não me preocupo com isso agora. Apenas desejo obedecer aos desígnios de Deus (Sim). E Ele me levou ao topo da montanha, olhei ao redor e contemplei a Terra Prometida. Posso não alcançá-la, mas quero que saibam, que nós, como povo, chegaremos à Terra Prometida. Estou tão feliz; não me preocupo com nada; não temo homem algum. Meus olhos viram a glória da presença do Senhor!”

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No outro dia, 4 de fevereiro de 1969, aos 37 anos, o Dr.King, como era conhecido, recebeu o tiro fatal.


Despedida do corpo do Dr. King


O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inaugurou em 16 de outubro de 2011, no National Mall de Washington, o monumento em memória a Martin Luther King, em homenagem ao sonho, à luta pela igualdade racial e à persistência que caracterizou o ativista.

“Sua vida e sua história nos dizem que a mudança pode chegar se não nos rendermos”, destacou Obama durante um emotivo discurso no National Mall, diante de milhares de pessoas que assistiram à cerimônia oficial de inauguração do monumento a King.

A cerimônia contou com a presença de líderes de direitos civis, assim como alguns dos membros da família de King, poetas e músicos, entre os quais a cantora Aretha Franklin, além do vice-presidente americano, Joe Biden, e da primeira-dama, Michelle Obama.


James Earl Ray, o assassino.

James Earl Ray (Alton, 10 de março de 1928 − Nashville, 23 de abril de 1998) foi um norte-americano condenado pelo assassínio do ativista Martin Luther King Jr. James acreditava que Martin era um traidor, e que movia as pessoas em suas marchas para parar e enfraquecer o país politicamente e economicamente. James já havia cometido atos racistas antes do assassinato.

Faleceu em 23 de abril de 1998, devido a problemas de hepatite C e insuficiência hepática. Seu corpo foi cremado e suas cinzas enterradas na Irlanda.




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