quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Frases e pensamentos de Eduardo Galeano

Eduardo Hugbes Galeano: 03.09.1940  − 13.04.2015,
Montevidéu, Uruguai.


“Somos o que fazemos, principalmente o que fazemos para mudar o que somos.”

“Na parede de um botequim de Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca.”

“Na América Latina, a liberdade de expressão consiste no direito ao resmungo em algum rádio ou em jornais de escassa circulação. Os livros não precisam ser proibidos pela polícia: os preços já os proíbem.”

“A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

“O corpo não é uma máquina como nos diz a ciência. Nem uma culpa como nos fez crer a religião. O corpo é uma festa.”

Gente infeliz, essa que vive se comparando“, lamenta uma mulher no bairro de Buceo, em Montevidéu. A dor de já não ser, que outrora cantava o tango, deu lugar à vergonha de não ter. Um homem pobre é um pobre homem. “Quando não tens nada, pensas que não vales nada“, diz um rapaz no bairro Villa Fiorito, em Buenos Aires. E outro confirma, na cidade dominicana de San Francisco de Macorís: “Meus irmãos trabalham para as marcas. Vivem comprando etiquetas, e vivem suando feito loucos para pagar as prestações.”

“As massas consumidoras recebem ordens em um idioma universal: a publicidade conseguiu aquilo que o esperanto quis e não pôde.”

“O mundo inteiro tende a transformar-se em uma grande tela de televisão, na qual as coisas se olham, mas não se tocam. As mercadorias em oferta invadem e privatizam os espaços públicos.”

“Mata-se muito à bala, vende-se cada vez mais armas. Mata-se também de fome e de doenças curáveis. E matam o ar, a água e a terra. E o mundo.”

“... quando Diego não conhecia o mar e seu pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse a imensidão. Viajaram para o sul. Quando o menino viu o mar, sentiu algo mais forte que ele que ficou mudo de tanta beleza. “E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: - Me ajuda a olhar.”

“Quando as palavras não são tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar.”

“Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras.”

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