O Evento
O
pai lia o jornal – notícias do mundo. O telefone tocou tirim-tirim. A mocinha,
filha dele, dezoito, vinte, vinte e dois anos, sei lá, veio lá de dentro,
atendeu: “Alô! Dois quatro sete um dois cinco quatro. Mauro!!! Puxa, onde é que
você andou? Há quanto tempo! Que coisa! Pensei que tinha morrido! Sumiu! Diz!
Não!?! É mesmo? Que maravilha! Meus parabéns!!! Homem ou mulher? Ah! Que
bom!... Vem logo. Não vou sair não”. Desligou o telefone. O pai perguntou: “Mauro
teve um filho?” A mocinha respondeu: “Não. Casou”.
MORAL:
Já não se entendem os diálogos como antigamente.
*****
A Viúva
Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho
mais novo, ela não pôde resistir e exclamou: “Mas como, seu marido não morreu
há cinco anos?” “Sim, é verdade” − respondeu então a outra, cheia daquela
compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos − “mas eu não”.
MORAL:
Não morre a passarada quando morre um pássaro.
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