segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Comportamento de filhos



→ Eu adoro meus filhos. Você deve adorar os seus. Mas nem por isso a gente deve abrir a carteira e mostrar aquela foto pequenininha, em que todas as crianças são absolutamente iguais. E foto de bebês? Não vamos obrigar o nosso próximo a dizer que gracinha, ok?

(...)

→ Ensine seus filhos a cuidarem da bagunça que fazem. O copo de Coca-Cola? De volta para a cozinha. A revistinha que acabou de ler? Para o quarto. Os milhares de papeizinhos de Bis? Amassar e jogar no cinzeiro. A lista não teria fim, porque a imaginação de uma criança para instalar o caos onde quer que esteja é também infinita.

Alguns mandamentos:

não sair para se servir correndo na frente dos outros. O ideal, aliás, seria que as crianças, até uma certa idade, fizessem as refeições antes dos adultos, com as mães ao lado, patrulhando as boas maneiras;

não deixar cair um grão de arroz sequer na mesa;

não encher demais o prato. A fome do mundo, etc... Se encher, que coma tudo;

usar sempre o guardanapo;

a partir dos cinco anos, não cortar a carne toda de uma vez. Cinco? Talvez eu tenha exagerado. Sete;

não misturar carne com peixe, macarrão com farofa, etc. Isso é cultura;

pedir licença para se levantar quando a refeição terminar (pode alegar que precisa estudar). Para evitar aquela tortura de ficar na mesa até a hora do café, um suplício;

não bater a porta do quarto com estrondo, nem quando brigar com o irmão;

só gritar se for por mordida de cobra;

ficar mudo, estático, dentro do elevador;

não chamar a amiga da mãe de tia. Aliás, não chamar ninguém de tia, a não ser as tias de verdade. E, só para deixar bem claro, tia Rosinha, tia Helena, nunca tia só. Todos os flanelinhas chamam a gente de tia − quero matar;

sentar à mesa devidamente penteado, mãos limpas.

(Do livro “Na sala com Danuza”, de Danuza Leão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário