por Max Geringer
Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:
Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:
Regra número 1:
Colegas passam, mas inimigos são para
sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai
diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não
adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se
mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão
para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você
ainda se lembra disso em 2007.
Regra número 2:
A importância de um favor diminui com
o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um
investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um
dia, ele será cobrado, e com juros.
Regra número 3:
Um colega não é um amigo. Colega é
aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até
parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo
é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma
coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir
alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender. Durante sua
carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e
apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é.
A ‘Lei da Perversidade Profissional’ diz que, no futuro, quando você precisar
de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles
poucos inimigos.
Portanto, profissionalmente falando,
e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer
inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos
são exatamente aqueles que têm boa memória.
*****
P.S. (Do editor do Almanaque): Quando você faz algo com
amor, com o coração, você está absolutamente calmo. O ato afetivo, em si, fala
por suas ações. Você se sente feliz com a alegria e contentamento do outro ao
receber uma dádiva de você. Ou quando você recebe de alguém algo de bom, seu
comportamento emocional está completamente regular. Você sorri, agradece e
pronto. Tudo volta ao normal. Com o tempo, o que dá ou que recebe uma dádiva de
alguém, a gratidão vai esmorecendo, vai se apagando e se esquecerá tudo com o passar dos
anos.
Mas... se você, numa situação
qualquer julgar que alguém esteja fazendo algo contra você, sua reação será de ódio,
adrenalina pura, raiva, rancor e reação agressiva contra aquilo que você acha
que o esteja prejudicando. O tempo esmorece, mas a lembrança do acontecido, o ódio
e rancor acumulado nunca se apagarão da memória do prejudicado. Não interessa a grandeza do bem recebido, ele será sempre inferior ao julgamento da crítica, ou mal que a outra pessoa achar que recebeu de você.
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