sábado, 2 de fevereiro de 2019

O sucesso consiste em não fazer inimigos


por Max Geringer

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:


Regra número 1:

Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1997 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2007.

Regra número 2:

A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3:

Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender. Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A ‘Lei da Perversidade Profissional’ diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.

*****

P.S. (Do  editor do Almanaque): Quando você faz algo com amor, com o coração, você está absolutamente calmo. O ato afetivo, em si, fala por suas ações. Você se sente feliz com a alegria e contentamento do outro ao receber uma dádiva de você. Ou quando você recebe de alguém algo de bom, seu comportamento emocional está completamente regular. Você sorri, agradece e pronto. Tudo volta ao normal. Com o tempo, o que dá ou que recebe uma dádiva de alguém, a gratidão vai esmorecendo, vai se apagando e se esquecerá tudo com o passar dos anos.

Mas... se você, numa situação qualquer julgar que alguém esteja fazendo algo contra você, sua reação será de ódio, adrenalina pura, raiva, rancor e reação agressiva contra aquilo que você acha que o esteja prejudicando. O tempo esmorece, mas a lembrança do acontecido, o ódio e rancor acumulado nunca se apagarão da memória do prejudicado. Não interessa a grandeza do bem recebido, ele será sempre inferior ao julgamento da crítica, ou mal que a outra pessoa achar que recebeu de você.



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