Uma vez li uma definição de supérfluo que achei
simplesmente perfeita: “supérfluo é tudo que não importa para você”. Genial
isso. Tem muito a ver com valores que assim como a própria palavra diz, cada um
tem os seus. E aí? Quanto vale as coisas que mais importam para você?
Tenho pensado muito nisso nestes tempos de crise.
O que realmente tem valor, já que
todo mundo agora precisa poupar? Resolvi criar meu próprio conceito de luxo, porque é por aí que
os economistas recomendam que a gente deva começara cortar gastos, não é mesmo?
Para muita gente, luxo pode ser um
grande privilégio, ser dono de uma lancha de 30 pés , frequentar um SPA
cinco estrelas, fazer um cruzeiro para a Grécia, ter um Porsche ou morar em uma
cobertura de mil metros quadrados. OK, ótimo! Mas esses todos são luxos, que o
dinheiro pode comprar. E aqueles luxos intransferíveis, exclusivos, divinos e
verdadeiramente impagáveis? Particularmente, são os que mais me seduzem. E esses
não precisam ser eliminados. Bem pelo contrário, são os que mais me seduzem. E
esses não precisam ser eliminados. Bem pelo contrário, deveriam ser perseguidos
como técnico de seleção em Copa do Mundo. Sabe por quê?
Luxo é amar e ser correspondido.
Luxo é fazer uma viagem linda e
morrer de saudade da família.
Luxo é gozar de saúde e bom humor aos
80 anos.
Luxo é ter amigos que falam a
verdade.
Luxo é sentir tesão e amor pela mesma
pessoa por anos a fio.
Luxo é ser respeitado pelas suas
ideias.
Luxo é ter a natureza como vizinha.
Luxo é receber o amor dos filhos para
sempre.
Luxo é se divertir trabalhando.
Luxo é realizar sonhos de infância.
Luxo é continuar sonhando, apesar de
ter crescido.
Luxo é comer fruta direto do pé.
Luxo é não ter muro ao redor de casa.
Luxo é saber separar tudo isso do
supérfluo que o mundo insiste em nos vender bem caro.
Que tal uma grande reciclagem de
valores? Quem puder fazer isso, quem sabe até consiga sair desta crise sendo
uma pessoa melhor.
Por Luciana Von
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