História da bandeira
A bandeira do Rio Grande do Sul tem
sua origem nos desenhos de rebeldes durante a Guerra dos Farrapos, em 1835, mas
sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa; alguns apontam
Bernardo Pires, enquanto outros apontam José Mariano de Mattos. A bandeira foi
oficializada como bandeira do estado em 5 de janeiro de 1966, já com o brasão
de armas na parte central.
Significados das cores
Não há um consenso sobre o
significado das cores da bandeira rio-grandense. Algumas fontes alegam que as
cores simbolizam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. Há
outras que afirmam ser a bandeira uma combinação do rubro-verde da bandeira
Portuguesa com o aurivermelho da bandeira espanhola, o que faria todo o sentido
em uma região de fronteira entre essas duas potências coloniais; há que se
salientar, todavia, que à época da Revolução Farroupilha, as cores nacionais de
Portugal eram o alviceleste, símbolo da monarquia, e que só mudaria para o
rubro-verde mais de meio século depois.
A versão mais aceita é de que o verde e o amarelo representam o Brasil e a faixa vermelha representa o sangue, a república e a liberdade. Portanto, está no meio do verde e do amarelo para demonstrar a separação do Rio Grande do resto do País.
Liberdade, Igualdade e Humanidade
Sabe-se que o lema escrito na
bandeira do estado, tanto quanto os símbolos, estão diretamente ligados à
Maçonaria, haja vista que a elite gaúcha militar e política à época da Guerra
dos Farrapos era, em sua maioria, maçônica.
O Brasão
Oficializado pela LEI Nº 5213, DE 5 DE JANEIRO DE 1966
ILDO MENEGUETTI, Governador do Estado do Rio Grande do Sul.
Faço saber, em cumprimento ao
disposto nos artigos 87, inciso II e 88, inciso I, da Constituição do estado,
que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte:
As armas do Estado, ou Brasão,
são as da história Republicana Rio-Grandense, onde contém:
escudo oval, em prata com um
quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio
vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate, cruzando sobre o punho de sabre; um
losango verde com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos
superiores e inferiores; ao lado, duas colunas de ouro, com uma bola de canhão
antigo; tudo sobre um campo verde; ao redor deste escudo, uma bordadura azul,
contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e a data 20 DE SETEMBRO DE 1835,
de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro; o escudo
está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e amarelo)
entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertidas de
ouro. As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma faixa vermelha com
bordas de ouro, atadas junto à ponta; uma lança da cavalaria, de vermelho,
rematada por uma flor de lis, de ouro, entre: quatro fuzís armados de baionetas
de ouro e, na base do conjunto, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados,
semi-cobertos pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda LIBERDADE,
IGUALDADE, HUMANIDADE, de negro.
Alguns historiadores atribuem a
origem do Brasão ao "Histórico Lenço Republicano", de provável
autoria de Bernardo Pires, lenço que foi catalisador do ideal republicano rio-grandense.
Sabe-se que o brasão, originariamente, ostentava amores-perfeitos, simbolizando
a firmeza e a doçura dos republicanos. Posteriormente, foram substituídos por
rosetas de ouro que, por sua vez, deram lugar a estrelas de cinco pontas nas
Armas do Estado, conforme descrição da Lei Nº 5213 de 5 de Janeiro de 1966.
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